A família dos irmãos José Elias Siena e Marco Antônio Siena, mortos a tiros em um sítio em Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho (SP), espera que o empresário suspeito do crime se entregue à polícia e esclareça o motivo da violência.
“O que a família espera é que o Donizetti se entregue, para a gente saber no depoimento dele o que causou, o que levou ele a fazer um ato tão cruel desse jeito. Ele acabou destruindo três ou quatro famílias. Lamentável”, diz o vereador César Siena Peghini, primo das vítimas.
De acordo com o delegado Igor Franco Godoy Dorsa, o principal suspeito do crime é o empresário Gerson Donizetti Petri, que é amigo das vítimas. Ele não foi localizado pela polícia.
O delegado informou que um advogado se apresentou na delegacia nesta segunda-feira (31), como representante do suspeito, e disse que ele deve ser apresentar à polícia.
Os corpos de José Elias, de 44 anos, e de Marco Antônio, de 54, foram enterrados na manhã desta segunda-feira em Sertãozinho.
Vigia testemunhou o crime
O crime ocorreu na noite de sábado (29). Os dois irmãos e o empresário, que era amigo das vítimas, estavam em uma destilaria, no Sítio Isadora, para uma confraternização.
Segundo relato do vigia do local à polícia, momentos antes dos disparos, por volta das 23h20, os três se desentenderam, mas o motivo ainda é desconhecido.
Durante o desentendimento, o vigia tentou intervir na situação e pediu para que o empresário deixasse o local. O funcionário e os dois irmãos acompanharam Gerson Donizetti até a caminhonete dele, mas no caminho começou uma luta corporal entre eles.
“Na sequência, o autor entra no seu veículo, pega uma arma de fogo e efetua os disparos nas vítimas, que vieram a óbito ali já no local. O vigia foi alvejado, porém não foi atingido”, conta o delegado.
A polícia deve ouvir novos depoimentos nos próximos dias, inclusive de pessoas que participaram da festa no sítio durante o dia.
“Ninguém imaginaria uma coisa dessas. Muita gente passou o dia inteiro junto lá, fazendo um churrasquinho, conversando e no final só tinha os três lá e aconteceu uma fatalidade dessa”, diz César Siena, primo das vítimas.
G1