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USP de Pirassununga cria cerca virtual para monitorar comportamento do gado
Gerais
Publicado em 13/09/2022

Do G1- Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos do campus de Pirassununga (SP) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma cerca virtual que ajuda a monitorar o comportamento do gado no campo e transmite informações sobre os animais em tempo real para o produtor rural.

O equipamento permite a análise do comportamento diário dos bovinos, que pode ajudar a entender questões de saúde dos animais. Também proporciona mais segurança do rebanho com acompanhamento em tempo real.

"Nós podemos fazer uma analise comportamental do animal, isso é saber se o animal está andando, parado, deitado ou se está bebendo água”, afirmou o pesquisador Carlos Marineck.

Como funciona

A ideia foi criada a partir de um conceito conhecido como cerca virtual. Primeiro o produtor demarca uma área à distância, pelo computador. Se qualquer animal ultrapassar o limite que foi definido, a imagem muda de cor e o produtor recebe uma mensagem informando a identificação do animal que saiu do espaço estabelecido.

"Monitorar posição é importante pela própria posição e pela forma que o animal se movimenta”, afirmou Ana Carolina.

Para ser rastreado, cada animal recebe um dispositivo que funciona com energia solar. Por satélite, é possível identificar onde o animal está e por rádio frequência o aparelho encaminha a localização para outro dispositivo. Os dados são enviados para um computador ou celular por WiFi.

“Ele não depende de internet para a comunicação, ele utiliza outra tecnologia que permite distâncias maiores e que não tenha um consumo tão grande para funcionar”, explicou a professora e doutora da Faculdade de Zootecnia da USP, Ana Carolina Silva.

Desafios

Agora, os os pesquisadores buscam aprimorar a tecnologia para que ela ultrapasse à distância entre o campo e o escritório, resista às condições climáticas, tenha um bom alcance do sinal de celular e internet e seja confortável para o animal.

"Para que a gente tenha um sensor que funcione adequadamente no campo ele precisa incomodar minimamente o animal, gastar pouca energia, ter autonomia em longas distâncias para essa comunicação", disse a professora.

Foto: Vitor Diagonel/EPTV

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