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Benefícios da musculação: 'puxar ferro' 2 ou 3 vezes na semana reduz pressão arterial
Ciência e Saúde
Publicado em 17/02/2023

Fazer musculação dois ou três dias na semana, com cargas moderadas e altas, pode ajudar a reduzir a pressão arterial. Essa foi a conclusão de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e publicado recentemente na revista Scientific Reports.

O grupo, coordenado pela professora do Departamento de Educação Física da Unesp de Presidente Prudente, Giovana Rampazzo Teixeira, conduziu uma revisão sistemática de ensaios clínicos controlados que já fizeram investigações sobre o tema, com o objetivo de verificar os melhores resultados para o corpo com base na intensidade, no volume e na duração do treinamento de força.

No total, 14 estudos foram analisados;
Os ensaios avaliaram o efeito de 'puxar ferro' por oito semanas ou mais em 253 voluntários com média de idade de 59 anos e com diagnóstico de hipertensão arterial.

"A meta-análise mostrou que os valores médios de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) diminuíram significativamente após as intervenções de treinamento de força" diz o estudo.

Segundo os pesquisadores, o efeito mais forte da musculação para a diminuição da pressão arterial foi observado em protocolos com intensidade de carga moderada a vigorosa, frequência de pelo menos duas vezes por semana e duração mínima de oito semanas.

Os resultados da musculação no controle da pressão arterial foram observados na vigésima sessão de treinamento. Além disso, os efeitos benéficos duraram por até 14 semanas, mesmo que a prática dos exercícios de força tenha sido interrompida.

"Concluímos que as intervenções de treinamento de força podem ser utilizadas como tratamento não medicamentoso para hipertensão arterial, pois promovem reduções significativas da pressão arterial", afirmam os pesquisadores do estudo.

 

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Já a hipertensão arterial é responsável por 13,8% das mortes causadas por doenças cardiovasculares. (G1)

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