O que é preciso planejar na hora da viagem com os pets? — Foto: Special Dog/Divulgação
Que os pets já são parte da família não é novidade para ninguém. Mas muitas vezes, quando vamos viajar, seja a passeio ou a trabalho, surge uma grande preocupação: levá-lo ou não? O que é preciso levar em consideração durante o planejamento?
Alguns pets já são acostumados a viajar com seus tutores desde filhotes, principalmente se a viagem for de carro. Mas alguns pets nunca passaram por essa experiência. Nessas ocasiões, é necessário verificar algumas informações antes de marcar a viagem, para checar a possibilidade de levá-lo com você.
Primeiramente, antes de sair de casa com seu pet, é necessário que ele passe por uma consulta com o médico-veterinário para fazer um check-up de sua saúde, ver se as vacinas e vermifugações estão em dia, e ter em mãos os documentos do seu pet todos atualizados, mesmo que a viagem seja por perto ou por um curto período. Caso a viagem seja para o exterior, também serão necessários outros atestados sanitários.
Depois disso, é importante verificar o destino da viagem e o meio de transporte que será utilizado.
Se você for ficar em hotel, pousada ou algum apartamento, verifique se esses locais são Pet Friendly, ou seja, se permitem a presença de animais de estimação durante a sua hospedagem. Atualmente, encontram-se muitos locais que são “amigos dos pets”.
Também deve ser levado em consideração durante o seu planejamento o transporte que será escolhido para a sua viagem.
Carro
Procure saber sobre as leis de trânsito para viajar com os pets — Foto: Special Dog/Divulgação
Para transportar pets no carro, é necessário seguir as leis de trânsito para garantir a segurança do seu pet e evitar multas e acidentes.
É terminantemente proibido transportar animais soltos dentro do carro ou com a cabeça para fora da janela, pois isso pode atrapalhar o condutor ou, até mesmo, acontecer do pet pular do veículo em movimento, o que pode ser fatal para ele e ainda causar acidentes de trânsito.
De acordo com o artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro, é proibido transitar com animais ao lado do motorista ou entre as pernas, estando sujeito à infração média e multa.
Além disso, algumas pessoas costumam carregar animais de grande porte na carroceria dos veículos, o que também é uma infração grave, sujeito à multa e retenção do veículo, além de ser uma prática muito perigosa para o animal.
A forma de transporte do pet vai depender muito do seu porte e da adaptação. Para cães de pequeno e médio porte ou gatos, é possível transportá-los em caixas de transporte, sempre garantindo que a caixa seja do tamanho ideal ao pet, possibilitando sua movimentação e acomodação de forma confortável. A caixa pode ser transportada no assoalho do veículo.
Outra opção é o cinto de segurança peitoral, que é capaz de proteger o pet de trancos durante o trajeto. Com ele, é possível levar o cão ou gato no banco do carro, forrando o assento para melhor higiene do veículo e conforto do pet. É importante lembrar que existem tamanhos adequados de coleiras e guias para cada porte de animal. A guia deve ser fixada no cinto do banco traseiro e ajustada de modo a limitar os movimentos do animal e impedir que ele tenha acesso ao motorista.
Existem também os assentos especiais, mais conhecidos como “cadeirinhas”, para o transporte de cães e gatos.
Se o seu pet já é acostumado a andar de carro, um passeio mais longo será muito mais tranquilo para ele. Agora, se o seu cão ou gato não é acostumado, uma dica é começar a fazer pequenos passeios com o pet dentro do carro um tempo antes da viagem para ver sua reação, e ir o acostumando aos poucos. Se o seu pet se apresentar muito estressado ou com medo, repense se vale a pena submetê-lo a uma viagem maior.
Para acostumá-lo a andar na caixa de transporte, e isso se tornar um hábito agradável, outra dica é colocar dentro da caixa coisas que o acalmem e façam com que ele se sinta seguro lá dentro. Um exemplo é colocar alguma peça de roupa do tutor para que ele sinta o cheiro e colocar também os seus brinquedos favoritos, além de sempre dar o estímulo certo, pois quando for necessário colocá-lo na caixa para o passeio, ele já associará isso como algo positivo.
Atenção : é importante saber que alguns pets sentem enjoos ao andar de carro. Por isso, ao informar sobre a viagem durante a consulta com o veterinário, ele poderá te passar algumas orientações ou até mesmo receitar algum medicamento de acordo com o porte e peso do seu pet para ajudá-lo caso apresente náusea durante as viagens.
Ônibus
De modo geral, as empresas costumam permitir pets nos ônibus, mas é necessário consultar antes — Foto: Special Dog/Divulgação
Também é possível realizar viagens de ônibus com o seu pet. Mas, para isso, é importante verificar as recomendações de cada empresa, pois podem haver algumas particularidades, de acordo com a empresa e o estado de origem e destino da viagem.
De modo geral, a maioria das empresas de ônibus permitem viagens apenas com animais dóceis e de pequeno porte, sendo de até 8 kg o peso do pet mais a caixa de transporte. O tutor deverá, obrigatoriamente, comprar a passagem para uma poltrona extra ao lado da sua para o transporte do pet, e portar todos os documentos obrigatórios para transporte com animais, de acordo com as legislações dos estados.
Os principais documentos exigidos são a carteira de vacinação em dia e um atestado sanitário emitido pelo médico-veterinário de, no máximo, 10 dias anteriores à viagem.
A quantidade de animais permitidos varia de empresa para empresa, geralmente entre 1 a 2 animais por viagem.
As demais dicas citadas no tópico acima, como adaptação à caixa e atenção aos enjoos, também se enquadram para as viagens de ônibus.
Avião
Diferentes documentos podem ser exigidos — Foto: Special Dog/Divulgação
Para viagens aéreas com os pets, a programação deverá ser ainda mais antecipada.
Existem duas formas de viajar com os pets de avião: dentro da cabine junto ao tutor, ou no bagageiro. O que vai determinar a forma desse transporte é a regra da empresa e o porte do animal.
Antes da decisão final de viajar de avião com o pet, é importante entrar em contato com a empresa aérea escolhida e pegar o maior número de informações sobre o transporte de animais possível.
Algumas empresas cobram diferentes taxas para o transporte, de acordo com o peso do pet. Há também um limite de animais por avião para cada viagem, por isso, se programe com antecedência para não correr o risco do seu voo já estar com o transporte de pets esgotado.
Dependendo do destino da viagem ou da empresa aérea, são exigidos diferentes documentos, mas fazendo um panorama geral para viagens nacionais, recomenda-se estar portando a carteira de vacinação e vermifugação em dia, atestado sanitário emitido pelo médico-veterinário e identificação do pet.
Já para viagens internacionais, além das documentações citadas, é importante portar passaporte do pet, atestado zoossanitário internacional, laudos de sorologias e microchipagem ou tatuagem de identificação na orelha do pet.
Algumas empresas também possuem uma lista das raças que aceitam ou não para transporte. Algumas raças conhecidamente mais temperamentais podem ser vetadas das viagens. Animais braquicefálicos também podem não ser aceitos pelas companhias aéreas por serem mais sensíveis ao calor ou ao frio e poderem apresentar dificuldades respiratórias durante as viagens.
Uma dúvida muito comum é se os pets podem fazer viagens sozinhos de avião. Existem empresas que aceitam, desde que haja uma programação, o envio de documentos e identificações criteriosas, e que tenha um responsável pelo pet presente na hora do embarque e desembarque. Já outras empresas não transportam pets sem que os responsáveis estejam presentes na viagem.
Navio
Atualmente já existem navios pet friendly — Foto: Special Dog/Divulgação
E se a viagem for um cruzeiro, é possível levar os pets?
Embora sejam poucas as empresas de viagens marítimas que aceitam pets, atualmente já existem navios pet friendly, então é possível ter a companhia do seu pet durante uma viagem em alto mar.
Os navios que permitem pets geralmente possuem um canil em um espaço destinado ao transporte dos animais, separado das cabines dos demais passageiros, não sendo permitido o trânsito dos pets fora desse local. Esse ambiente possui espaço adaptado para a interação dos tutores com seus animais, permitindo pequenas caminhadas e brincadeiras.
Para as viagens de navio, as orientações sanitárias e de documentações são bem parecidas com as das viagens aéreas, sendo necessário passaporte, atestados e vacinações em dia. Algumas empresas também exigem que se faça uma quarentena sanitária do pet, dependendo do destino da viagem.
A decisão de levar um pet a uma viagem de navio deve ser analisada com bastante cautela, uma vez que essas viagens costumam ser muito longas e o tutor não poderá ficar todo o tempo com o seu animal. Além de nem sempre os navios contarem com serviços veterinários mais complexos a bordo, no caso de ocorrer alguma emergência.
E os animais de trabalho?
Nem todas as informações, regras e dicas citadas acima se enquadram aos animais de trabalho.
Para os cães guias, o transporte e acesso aos ambientes seguem outras regras, e esses pets podem acompanhar seus tutores, portados das devidas documentações, em praticamente todos os ambientes.
Os cães policiais ou bombeiros também possuem outras autorizações para acessar os transportes de viagens.
Existem ainda os animais de apoio emocional, que mediante atestado de um psicólogo ou psiquiatra, podem ter uma política de transporte diferente dos demais animais, de acordo com as particularidades de cada caso, empresa e destino.
Após analisados todos os fatores para levar o pet com você, é hora de arrumar as malas, pegar o alimento do seu pet e aproveitarem juntos o máximo possível dessa viagem!
Para saber mais sobre alimentação, comportamento e cuidado com cães e gatos, acesse o Portal Pet da Special Dog Company.
fonte:G1