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Por que a menopausa traz risco para a saúde cardiovascular
Ciência e Saúde
Publicado em 05/09/2024

No último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizado entre 30 de agosto e 2 de setembro, uma nova pesquisa trouxe mais dados sobre como o climatério – o período que marca a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva das mulheres – muda o perfil lipídico, o que pode trazer problemas para a saúde cardiovascular.

De acordo com a médica Stephanie Moreno, professora da University of Texas Southwestern, nos EUA, há um aumento da taxa de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o “mau” colesterol como é chamado, e uma diminuição de HDL (lipoproteína de alta densidade), o “bom” colesterol: “esse quadro agrava o risco do perfil lipídico, podendo levar à doença arterial coronariana”.

 A doença cardíaca ou cardiovascular, que abrange diversas enfermidades, é a principal causa de morte entre as mulheres, embora a maioria das pessoas pense que se trata de um problema que aflige mais os homens. De um modo geral, elas desenvolvem essa condição dez anos depois deles, mas o perigo cresce na menopausa. Em altas taxas, o LDL está associado à aterosclerose e, por extensão, ao risco de infarto e acidente vascular cerebral.

No estudo, os pesquisadores examinaram as mudanças que ocorreram em partículas de lipoproteínas em 1.246 mulheres, que foram acompanhadas por sete anos. Do total, 440 ainda não tinham sintomas de pré-menopausa, com idade média de 34 anos; 298, na faixa dos 42, se encontravam na perimenopausa; e, na pós-menopausa, eram 508, com 54 anos. Os três grupos apresentaram um crescimento do LDL, mas o maior aumento, de 8.3%, foi detectado no conjunto que passava da perimenopausa para a pós-menopausa.

Um grupo de 1.346 homens, na faixa dos 43 anos, também foi avaliado como referência. Comparadas com eles, as mulheres na perimenopausa tinham uma elevação de 213% no LDL, num quadro pior que o das demais.

G1

 

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