Geraldo Azevedo já se apresentou duas vezes no Rock in Rio (em 2017, com O Grande Encontro; e em 2024, quando foi escalado para substituir Hermeto Pascoal). Agora, em 2025, se prepara para fazer sua estreia no The Town, festival criado pelos mesmos organizadores do Rock in Rio.
A segunda edição do evento acontece nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro de 2025, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Geraldo se apresenta no domingo, 14 de setembro, último dia de evento. Ele fecha o Palco Factory com um show no qual convida a cantora Juliana Linhares.
Em entrevista ao g1, o cantor e compositor afirmou que vai levar ao palco do The Town toda a "energia que a gente tem com a música que vem do Nordeste e que abrange o mundo inteiro."
"O The Town tem uma diversidade fantástica que a gente pode colocar a nossa verve e toda nossa diversidade também", afirmou Geraldo, antes de subir ao palco do Espaço Unimed, em São Paulo, onde apresentou mais uma edição do show O Grande Encontro, junto com Elba Ramalho e Alceu Valença.
O cantor afirmou que está muito honrado em participar do festival e que vai colocar o "Nordeste pra efervescer dentro dessa festa maravilhosa".
"Eu sou um compositor que tenho minha raiz toda no Nordeste, mas o mundo todo me influencia também. De forma que estou ligado ao reggae, ao rock, essa coisa toda... E eu considero o nosso frevo o maior rock do Brasil, uma música de muita energia."
"E o xote, o xaxado, o baião e o galope, são músicas que botam esse povo brasileiro para dançar."
A divisão de estilos entre os festivais
Existe um debate constante sobre a entrada de outros gêneros musicais em festas que seriam, tradicionalmente, voltadas a um som específico. A exemplo do forró no Rock in Rio. Ou do rock em festas juninas.
Geraldo contou que já foi do time de críticos que acreditava que outros ritmos não deviam se misturar a eventos específicos. Mas mudou de ideia com o passar dos anos.
"No início, eu também tive esse processo de rejeitar essa coisa de mudar o conceito da nossa tradição. Mas há de convir que o Brasil mudou muito também e absorveu a diversidade da música brasileira."
"O brasileiro tem uma riqueza muito grande musical. A gente não pode se negar a ter essas manifestações novas nas nossas festas. Porque a final de contas, se faz festa num lugar, faz em outro, faz aqui e acolá. Então, vamos resumir tudo em uma festa só, que fica maravilhoso."
G1