O cenário na represa Jaguari-Jacareí, em Piracaia (SP), é o retrato da crise hídrica que obrigou o governo do Estado de São Paulo a adotar um plano de contingência para tentar evitar desabastecimento. Há pouco mais de dois anos, em agosto de 2023, as pilastras de uma ponte estavam cobertas por água. No último fim de semana, a estrutura de 15 metros de altura estava completamente exposta.

A represa é uma das cinco que compõe o Sistema Cantareira , que hoje está com o nível a 23,8%, bem abaixo do ideal. A Grande São Paulo é abastecida por sete grandes reservatórios de água e, um dos principais, é o Cantareira.

Atualmente, o nível geral das represas está em 28,7% da capacidade total, o menor patamar desde a crise de 2014 e 2015. Este é o terceiro ano consecutivo com chuvas abaixo da média em São Paulo.

Governo faz coletiva sobre a crise hídrica de SP

O plano do governo paulista prevê uma progressiva intensificação da redução de pressão nos encanamentos que distribuem água pela região metropolitana de até 16 horas, exploração do volume morto de represas e até o rodízio. O monitoramento da situação foi dividido em faixas.

Faixa 1: quando o nível dos reservatórios está abaixo de 43,8% em que haverá revisão das transposições e reforço das campanhas de uso consciente;
Faixa 2: se o nível das represas estiver abaixo de 37,8% começa a faixa 2, com as concessionárias obrigadas a reduzir a pressão por 8 horas;
Faixa3: abaixo de 31,8%m o tempo pressão reduzida por 10 horas. Esse é o estágio atual em São Paulo;
Faixa 4: quando o nível fica abaixo de 25,8% a redução pode subir para 12 horas;
Faixa 5: se o nível ficar abaixo de 19,8% a redução na pressão é de 14 horas;
Faixa 6: caso as represas não cheguem nem a 9,8% da capacidade, a redução da pressão pode se estender por 16 horas;
Faixa 7: 0%, ou seja, 'volume morto'. Se chegar a esse nível, a previsão é de rodízio de água.

G1