Jovem de 17 anos estava desaparecido desde o último sábado. Menor tinha passagem por tráfico de drogas e havia sido ameaçado.

 

O corpo de um adolescente de 17 anos foi encontrado pelo próprio pai, às margens do Rio Boa Esperança do Sul, na zona rural da cidade, na tarde desta segunda-feira (9). O menino apresentava uma lesão na cabeça. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio devido a um susposto acerto de contas.

 

De acordo com o delegado Ricardo Farah, o jovem estava desaparecido desde o sábado (7). O próprio pai da vítima suspeitava que algo mais grave pudesse ter acontecido, uma vez que o menor já havia sido ameaçado de morte.

 

“Ele saiu, foi pego e, provavelmente, morto no mesmo dia. Parece que já existiam algumas ameaças contra ele, pois alguns colegas não gostaram do que ele falou em juízo durante os depoimentos após ser apreendido”, disse o delegado.

 

Histórico

 

O jovem era envolvido com o tráfico de drogas e estava apreendido na Fundação Casa de Araraquara (SP) desde setembro de 2011. Ele havia deixado a unidade na quarta-feira (4) e passou a noite com os pais. Na manhã seguinte, entretanto, ele foi apreendido novamente durante uma operação da polícia na residência de dois traficantes.

 

A mãe do jovem foi buscá-lo na delegacia na sexta-feira (6) e o levou de volta para casa. No sábado (7), o pai foi trabalhar e pediu para ele não sair, mas o adolescente o desobedeceu.

 

Por volta das 16h, desta segunda-feira, o pai do menino o encontrou sem vida, às margens do rio. Segundo a polícia, ele soube da existência de um corpo boiando nas águas do Rio Boa Esperança do Sul e, com a ajuda de um amigo, decidiu ir até o local. Eles percorreram cerca de dois quilômetros da extensão do leito até avistarem o cadáver.

 

Investigação

 

Um laudo deve apontar em até 30 dias o motivo da morte. “Havia um ferimento na parte posterior da cabeça. Pode ser pedrada, aparentemente não tinha outro tipo de lesão. Pode até ser que ele tenha sido agredido, jogado na água e se afogado. Só o laudo vai dizer. Mas acreditamos que ele tenha sido morto no sábado mesmo”, diz o delegado Farah.

 

Ainda de acordo com ele, a polícia trabalha somente com a hipótese de homicídio. “Queremos demonstrar que foi isso o que aconteceu. Agora, se o motivo do crime foi realmente ele ter falado demais, vai ser complicado arrumar uma testemunha”, adianta o delegado. (Fonte EPTV)