Um estudo realizado pela Universidade estadual de Oregon, nos EUA, mostra que o comportamento dos pais afeta o das crianças pequenas. De acordo com os resultados, filhos de pais que se irritam facilmente ou que têm reações exageradas apresentam mais emoções negativas aos dois anos de idade.
O estudo recolheu informações de 361 famílias de 10 estados, todas com filhos adotados, para descartar a hipótese da influência genética nestes casos. No entanto, os pesquisadores também recolheram informações dos pais biológicos das crianças para comparar os resultados. Eles acompanharam as crianças dos nove aos dois anos e três meses de idade.
De acordo com os resultados, divulgados no periódico Development and Psychopathology, os filhos de pais que reagiam de forma exagerada a pequenos erros das crianças ou que se irritavam facilmente aos dois anos de idade eles ficavam tristes mais facilmente, além de serem crianças menos sociáveis.
A genética também teve um papel neste comportamento, particularmente entre as crianças com risco genético para emoções negativas. No entanto, estas crianças, quando criadas em um ambiente tranquilo, apresentavam menos destas características.
“Está é uma idade onde as crianças testam mesmo os limites dos pais”, diz a principal autora do estudo, Shannon Lipscomb. “No entanto, pesquisas mostram que as crianças com elevados níveis de emoções negativas nesta faixa etária têm mais tendência a apresentar dificuldades em regular as emoções e problemas de comportamento na idade escolar”.
Para Limpscomb, a principal mensagem para os pais é saber permanecer firme e confiante para, desta forma, ajudar as crianças a modificar seu comportamento. “Os pais dão o exemplo com suas próprias emoções e atitudes”, finaliza.