A Polícia Militar abriu uma sindicância para investigar a morte do auxiliar de mecânica Alexandre Prata, de 27 anos, após o uso de um spray de pimenta. Policias usaram o gás na tentativa de conter a vítima, que teve um suposto ataque de fúria em Guariba.
Prata teria subido em uma casa, de onde arrancou telhas e as atirou em direção à rua. Responsável pela investigação conduzida pela Companhia da PM de Jaboticabal o capitão Celso Luís Rodrigues afirmou que o jovem sofreu um enfarte após ser detido e morreu quando recebia atendimento no hospital.
“O gás de pimenta só foi usado para fazer a imobilização, depois que ele deu um soco em um dos policiais”, disse Rodrigues, que afirma que a substância foi usada dentro das especificações do fabricante e que desconhece casos de morte após o uso desse tipo de arma.
Civil
O delegado-seccional de Sertãozinho, Cláudio José Ottoboni, disse que um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias da prisão de Prata. Inicialmente, ele confirmou a informação da certidão de óbito – que aponta o enfarte como causa da morte. Ottoboni disse, porém, que aguardará o laudo do exame necroscópico do Instituto Médico Legal em Jaboticabal para concluir o caso. “Isso deve ficar pronto em uma semana ou dez dias”.
Família
Pai do jovem morto, o aposentado Osvaldo Prata, de 69 anos, disse que o corpo do filho tinha ferimentos no rosto. “Estava muito machucado. Dizem que foi porque ele caiu do telhado, mas eu não posso afirmar nada”.
O pai disse que o filho era muito nervoso e que isso se agravou há um mês, quando foi dispensado do emprego. Porém, segundo ele, o jovem não era agressivo e não fazia uso de drogas. O motivo pelo qual o rapaz estava no telhado também é desconhecido. (EPTV)