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Suspeito de maus-tratos ao filho morre após espancamento em Ribeirão Preto
Notícias Policias
Publicado em 05/06/2012

 

Populares tentaram linchar pai e mãe em Ribeirão Preto depois da morte de bebê de 7 meses no sábado
 
Adenilson Cabral dos Santos, 19 anos, que foi espancado por populares da Vila Tibério, no sábado (3), suspeito de maus-tratos contra o filho de sete meses, morreu ontem (4), na Santa Casa de Ituverava. Segundo a família, ele teria morrido por causa dos ferimentos.
 
"Depois do enterro do filho dele, nós o trouxemos para casa. Ele estava sentindo muita dor e minha mãe o internou, mas já era tarde. Ele morreu porque estava muito machucado", diz Otávio Cabral dos Santos, irmão de Adenilson.
 
A mãe da criança, Bruna Tamires Oliveira Silva, 18 anos, que também foi alvo da tentativa de linchamento, não teve ferimentos graves. Ela está grávida de três meses e morando com a mãe em Jardinópolis.
 
As agressões ocorreram porque os populares suspeitaram que a criança, que não tinha registro, teria morrido por conta de maus-tratos.
 
No sábado, o delegado Luis Geraldo Dias, no Plantão Policial, registrou boletim de ocorrência contra os pais de lesão corporal seguida de morte. Ele fez a ocorrência depois de ter sido procurado pelas avós da criança que relataram que os filhos eram viciados em crack e moravam no que restou da favela do Brejo.
 
Elas contaram a Dias que há um mês a criança havia sofrido um traumatismo craniano por causa de uma queda. O menino teria sido levado a UBDS do Sumarezinho, onde recebeu os cuidados médicos e foi liberado. No dia 31 de maio, a criança passou mal novamente e foi levada a UBDS e liberada. No sábado, os pais chamaram o SAMU. Ele chegou a unidade e morreu minutos depois.
 
Dias escreveu na ocorrência que há fortes indícios de omissão, "especialmente porque são altamente viciados em drogas".
 
No atestado de óbito consta que a criança morreu de pneumonia e choque séptico. O corpo do bebê passou por necropsia e o laudo deve sair em 60 dias.
 
O caso está na Delegacia da Defesa da Mulher e será investigado pela equipe da delegada Maria Beatriz Moura Campos. "Vamos investigar a morte da criança. A morte do pai do bebê deverá ser investigada em Ituverava, cidade onde ele morreu", diz a delegada
 
A avó materna da criança, Maria Rosinete da Silva, diz que quer que a morte do bebê seja apurada. "Eu não sei se os pais maltratavam o meu neto ou se ele morreu porque demorou o atendimento médico. Eu peço apenas que a polícia investigue e descubra o que aconteceu e que o culpado seja punido." (Fonte Jornal A Cidade)
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