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Após noite violenta, PM escolta ônibus em Ribeirão Preto
Notícias Policias
Publicado em 28/03/2013

A Polícia Militar escoltou os ônibus do transporte coletivo de Ribeirão Preto nesta terça-feira (26) após solicitação do Seeturp (sindicato dos empregados das empresas do setor na cidade).

 
Em menos de três horas, três ônibus foram incendiados nesta segunda-feira (26) no Ipiranga, zona norte da cidade -- região mais violenta de Ribeirão.
 
Dois dos veículos eram do consórcio Pró-Urbano, responsável pelo transporte coletivo de Ribeirão. A noite violenta teve ainda um quarto ônibus, também da empresa, apedrejado.
 
Os crimes aconteceram após o assassinato de um homem de 27 anos, suposto traficante da região. Após os incêndios, todas as linhas de ônibus pararam de circular na noite desta segunda-feira.
O serviço foi retomado apenas às 4h de ontem, com a escolta dos policiais.
 
Segundo o vice-presidente do Seeturp, Alcides Lopes de Souza Filho, a promessa é de que a PM acompanhe os motoristas ainda hoje. "Os motoristas estão apavorados."
 
Caso não haja acompanhamento da polícia, os trabalhadores podem paralisar o serviço, segundo Lopes Filho. Ele disse ainda que o índice de faltas dos motoristas foi alto -não revelou quanto.
 
Procurada, a assessoria da Pró-Urbano disse, às 20h desta terça-feira, que não tem como controlar a situação caso os motoristas decidam parar. Mais tarde, às 21h, informou que desconhecia a possibilidade de paralisação dos motoristas.
 
Procurada, a PM informou que fez as escoltas ontem, mas não havia determinação, às 19h, de acompanhar os ônibus hoje.
 
"RETALIAÇÃO"
 
A morte do suposto traficante e os ataques no Ipiranga estão sendo investigadas pela equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
 
Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, a suspeita é que os ataques tenham ocorrido em represália à morte do homem.
 
"Pelo que parece, duas pessoas em uma moto passaram [pelo local] e mataram o traficante. Acreditamos que os ataques tenham sido alguma retaliação, mas estamos apurando isso ainda", diz.
 
Alguns suspeitos já foram identificados, porém ninguém foi detido, disse o delegado. "Estamos verificando se conseguimos o reconhecimento dessas pessoas."
 
Da Folha de São Paulo
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