Uma segunda apresentação já está marcada para o dia 7 de agosto
A primeira noite de exibição do Projeto “Resgatando personagens e histórias de Itápolis” da Secretaria de Cultura apresentou o filme “Histórias do Bar Cardilli”. Uma gravação espontânea apresentou de maneira divertida as peculiaridades dos fatos acontecidos nas décadas de 1940 e 1950, as histórias eram tão boas que o público pode rir muito e conhecer os costumes daquela época. O projeto da Secretaria de Cultura, idealizado pelo historiador Valentim Balraldi, busca recuperar uma parte da nossa história, através das pessoas que revelam seus registros, lembranças de fatos, acontecimentos, e relatos, importantes e pitorescos.
Os irmãos “Domingão e Lino e o amigo e freguês assíduo “Pacau” contaram nas gravações as histórias de um estabelecimento comercial que foi padaria e bar, durante quase 40 anos, atendendo nos seus balcões, de uma maneira toda própria, todo tipo de “freguês” sem nenhuma discriminação.
Para a jovem Érika Barelli, que foi acompanhar a apresentação, a iniciativa é muito importante para preservar a história da cidade. “Me diverti muitos com as histórias”, finaliza.
Se você quiser participar da próxima exibição, que acontecerá no dia 7 de agosto no Teatro Municipal “Geraldo Alves” às 20:00 horas, retire seu convite no Centro Cultural, perante a entrega de 1 kg de alimento não perecível ou 1 litro de leite que será destinado a uma entidade do município.
“HISTÓRIAS DO BAR CARDILLI”
Esta história começa no ano de 1912, quando nasceu, na cidade de Taquaritinga, um garotinho que recebeu o nome de Domingos Cardilli filho do Sr. Antonio, vindo da Baixa Itália e de Dª Teresa, vinda da Albânia.
O casal teve 10 filhos – Rosa – José – Ângelo – Domingos (Domingão) – Francisco – Guerino (Lino) – Jesuino (Gaio) – Mafalda – Alzira e Euclides.
De Taquaritinga a família mudou-se para o Bairro do Quadro, depois Curupá e Tabatinga, onde o jovem Domingos começou a trabalhar de padeiro.
Com 20 anos de idade veio para nossa cidade e foi trabalhar na Padaria do Sr. Miguel Mendes, estabelecida na Rua Padre Tarallo, ao lado de onde é hoje Fórum Valentim Gentil.
No final da década de 1930, Eliseu Malvezzi comprou a padaria e o jovem Domingos continuou a trabalhar no local.
O ano de 1941 ficou marcado pelo casamento de Domingos com Zulmira, uma das filhas de Eliseu.
No ano seguinte, Eliseu querendo mudar de Itápolis, vendeu a padaria ao genro e sua família e assim, Domingos e seus irmãos Gaio, Lino e José iniciaram toda trajetória do famoso Bar Cardilli.
Em 1945 venderam a padaria ao Sr. Jácomo Ceraico e Domingos foi para São Paulo, onde ficou cerca de seis meses e, voltando para Itápolis, compraram novamente a mesma padaria.
No ano de 1950 venderam o estabelecimento para o Sr. Jácomo Bertocco e Domingos mudou-se para a Fazenda do Sr. Ciniro Massari.
Algum tempo depois José comprou um prédio na Rua Barão do Rio Branco, ao lado da Igreja Matriz (Rei das Roupas Feitas). Os irmãos decidiram, então, abrir uma padaria e com o tempo foram ampliando e conquistando uma freguesia cada vez maior.
Cerca de 14 anos depois, venderam a padaria para o Sr. Paulo Carvalho. Nesta época o irmão Domingos adquiriu a padaria do Sr. Vitório Santarelli e os irmão Gaio, José e Lino abriram um bar na Av. Pres. Valentim Gentil, local onde funcionou o primeiro Boulevard Itápolis, (atual Risk e Rabisk). Permaneceram neste endereço durante 9 ou 10 anos e, venderam o bar para o Sr. Valentim Fenile.
Mais ou menos na mesma época o Sr. Domingos também vendeu a sua padaria, para seus funcionários, os irmãos Del Gesso.
Assim, de forma bem resumida, foi a trajetória do famoso Bar Cardilli e que hoje iremos relembrar ou conhecer uma pequena parte de um vasto acervo de histórias e fatos que aconteceram durante todos estes anos e que foram contadas pelos 02 irmãos remanecentes “Domingão e Lino e o amigo e freguês assíduo “Pacau”.