A Polícia Civil de Ribeirão Preto deve pedir a prorrogação da prisão temporária da mãe e do padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3.
O casal, Natália Mingoni Ponte e Guilherme Raymo Longo, está preso há 20 dias, desde que o corpo da criança foi encontrado no rio Pardo, em Barretos. O prazo da prisão temporária, de 30 dias, vence no dia 10.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro afirmou, na última semana, ter informações suficientes para pedir o indiciamento de Longo, mas não disse quais são.
De acordo com o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, os resultados de novos laudos periciais devem sair nesta semana e podem colaborar para as investigações.
Um deles é o exame toxicológico de Joaquim, que pode apontar as causas da morte da criança. A suspeita é que o menino tenha morrido por overdose de insulina --Joaquim era diabético e fazia tratamento desde setembro.
O resultado do exame pericial feito na caneta aplicadora de insulina também deve sair nos próximos dias, segundo Nicolino.
O exame pode identificar se Longo teria feito uma autoaplicação de 30 doses, como afirmou em depoimento.
Além disso, a polícia deve receber um novo relatório de ligações feitas e recebidas por Natália e Longo. Nicolino afirmou que irá pedir uma cópia dos relatórios ao delegado.
"Vou fazer uma análise minuciosa, porque o relatório também traz informações da localização das pessoas que fizeram ou receberam as ligações telefônicas. Isso pode ajudar na investigação."
NOVAS DILIGÊNCIAS
O promotor afirmou que, nesta segunda-feira (2), irá sugerir à Polícia Civil que faça uma nova diligência para investigar imagens de câmeras de segurança do trajeto do imóvel em que o casal morava, no Jardim Independência, até o rio Pardo.
"As câmeras podem ter flagrado algum automóvel de propriedade do casal ou de familiares na madrugada do sumiço. Dessa forma, podemos identificar ou descartar uma possibilidade."
Para a polícia, o corpo foi jogado no córrego Tanquinho e, de lá, seguiu até o Pardo.
Da Folha de SP