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Cientistas descobrem droga que pode 'apagar' más lembranças
Ciência e Saúde
Publicado em 26/05/2014


Foto: Filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança", estrelado por Jim Carrey, já mostrava desejo de apagar memórias traumáticas, como um relacionamento mal sucedido.
Pesquisa mostra que substância fingolimod, usada para esclerose múltipla, pode ajudar no tratamento pós-traumático e de fobia


RIO - Quem nunca teve um breve desejo de apagar episódios traumáticos e negativos da memória, como no filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"? Muitos achavam impossível, mas agora a ficção pode tornar-se realidade. Um estudo publicado na revista de "Nature Neuroscience" mostrou que uma droga pode simplesmente eliminar lembranças de trauma e sofrimento físico da mente.

 Conhecida como fingolimod, a substância já era usada em tratamentos de esclerose múltipla reincidente. Desta vez, no entanto, cientistas testaram o produto em camundongos de laboratório que eram submetidos a eventos traumáticos. Funcionava assim: um animal era convidado a entrar em uma câmara, onde ele levava choques sem grande voltagem. Em seguida, após tomar a droga, foi constatado que o roedor havia se esquecido de associar a câmara às dores da carga elétrica, tendo apagado da mente as memórias do choque.
Com o resultado, os neurocientistas esperam que a droga possa, no futuro, servir para eliminar maus sentimentos e lembranças traumáticas de uma pessoa, sem que ela tenha no futuro que aprender por meios dolorosos como proceder em determinadas situações. Este processo, conhecido como a "extinção do medo", pode auxiliar o tratamento pós-traumático e de fobias sem ter de submeter o paciente à ansiedade e ao estresse.
Há tempos que cientistas procuravam uma forma de supressão de memórias sem efeitos colaterais no sistema imunológico. Anos atrás, esperanças foram depositadas na enzima HDAC, mas enquanto alguns dos experimentos suprimiam as lembranças, outros as amplificavam.

Oglobo
 



 

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