O médico Leandro Boldrini – apontado como o mentor da morte do filho, Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, passou por um detector de mentiras com a presença de um profissional contratado pela defesa nesta quarta-feira, segundo informações do jornal Zero Hora. De acordo com a publicação, o advogado de Boldrini, Jader Marques, deve receber até sexta-feira a análise sobre a veracidade da versão do cirurgião, que nega envolvimento no crime.
Leandro, que completa 39 anos nesta quinta, está em uma cela da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Pelo crime, também foi presa a mulher de Leandro, Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, e a amiga dela Edelvânia Wirganovicz. O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, está detido suspeito de ajudar a ocultar o corpo do menino.
Segundo o jornal, Leandro está preso em um setor conhecido como “seguro” nos presídios, direcionado para presos com mau comportamento ou que correm risco de vida. Não há registro de visitas de parentes mais próximos, como o irmão Paulo. “Estou querendo ir, mas ainda não foi possível. O pai e a mãe têm sofrido muito, o velho tem problemas de pressão alta, já foi hospitalizado duas vezes. Somos três filhos homens, e o Leandro é o nenê da casa. Ano passado, neste dia, fizemos uma churrascada de ovelha para ele. Imagino o que tem sentido”, disse ao jornal.
Boldrini tem consultas com psicólogas e continua tomando tranquilizantes. Por questões de segurança do presídio, são servidas ao médico as mesmas refeições dos guardas da Pasc.
Na última terça, o desembargador Nereu José Giacomolli, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou habeas corpus em favor de Boldrini.
O caso
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.
O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.
No dia 10 de maio, o irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz, também foi preso por suspeita de ter auxiliado na ocultação do corpo de Bernardo. Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.
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