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Anestésico proibido pode ter matado mais de 10 crianças no Japão
Mundo
Publicado em 13/06/2014
Da EFE
 
Ao menos 13 pacientes menores de idade morreram em um hospital de Tóquio nos últimos cinco anos após receberem um sedativo cujo uso está proibido para crianças que respiram com a ajuda de aparelhos, anunciaram os responsáveis do centro médico.
 
A relação entre as mortes e o uso de propofol - um anestésico intravenoso de curta duração - foi confirmada em entrevista coletiva concedida pelos diretores do Hospital da Universidade Feminina de Shinjuku, em Tóquio, nesta quinta-feira (12), segundo informou a imprensa japonesa.
 
Os médicos admitiram que 12 óbitos de crianças menores de 15 anos ocorreram no hospital entre 2009 e 2013, depois que as mesmas receberam injeções do anestésico enquanto estavam submetidas à respiração artificial, uma prática proibida no Japão.
 
Esses casos foram revelados depois que uma criança de dois anos morreu em fevereiro no hospital após ser medicada com propofol enquanto se encontrava na UTI, o que eleva para 13 o total de mortes infantis relacionadas com o sedativo.
 
O diretor do hospital, Atsushi Nagai, e seu presidente, Toshimasa Yoshioka, afirmaram que há indícios de uma "relação de causa e efeito" entre o sedativo e a última morte, em declarações divulgadas pelo jornal 'Mainichi'.
 
Além disso, reconheceram que as outras crianças tinham recebido injeções do anestésico proibido, mas detalharam que a principal causa de suas mortes foram infecções.
 
Anteriormente, o responsável pela escola médica do hospital, Yuichi Takakuwa, afirmou que o sedativo foi administrado para 63 menores que estavam internados no hospital e respiravam com a ajuda de aparelhos.
 
Os responsáveis do hospital encarregaram uma investigação detalhada de cada caso para especialistas externos com o objetivo de esclarecer se houve um vínculo direto entre as mortes e o propofol.
 
A Polícia Metropolitana da capital japonesa, por sua vez, está investigando o caso com a suspeita de que as mortes tenham sido causadas por negligência médica, segundo o jornal 'Yomiuri'.
 
G1
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