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Facebook é criticado por estudo secreto sobre emoções sem permissão de usuários
Tecnologia
Publicado em 30/06/2014
O Facebook está sendo criticado após revelações de que teria feito um experimento secreto para testar as emoções de quase 700 mil usuários.
 
Durante uma semana em 2012, a maior rede social do mundo manipulou o feed de notícias de um grupo de usuários para avaliar se o conteúdo das mensagens recebidas afetaria seu humor e o teor de suas próprias atualizações.
 
O estudo, feito em parceira com as universidade americanas de Cornell e da Califórnia, concluiu que os usuários que receberam menos posts negativos em seu feed tinham menos chances de escrever um post negativo e vice-versa.
 
Na divulgação da pesquisa, durante a 17ª edição dos Anais da Academia Nacional de Ciência, nos Estados Unidos, o co-autor Amdam Kramer, do Facebook, disse que a rede "considerava importante avaliar uma antiga premissa de que ver posts positivos dos amigos levam as pessoas se sentirem negativas ou excluídas".
 
"Ao mesmo tempo, também estávamos preocupados com a hipótese de que a exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar entrar no Facebook", justificou.
 
O estudo gerou críticas de usuários e intelectuais do setor de tecnologia sobre a ética e o impacto que este tipo de pesquisa pode causar.
 
Em sua conta no Twitter, a pesquisadora de política e ética de dados Kate Crawford afirmou:
 
"Vamos chamar o experimento do Facebook do que ele é: o sintoma de uma falha muito maior em pensar sobre ética, poder e consentimento sobre plataformas (digitais)".
 
Também pelo Twitter, Lauren Weinstein, que investiga tecnologia de sistemas , disse que o experimento secreto do Facebook "tentou fazer os usuários se sentirem tristes".
 
"O que pode dar errado, indagou?"
 
Investigação
 
Por sua vez, Jim Sherida, parlamentar do Partido Trabalhista da Grã-Bretanha, pediu uma investigação sobre o assunto.
 
Em entrevista ao jornal The Guardian, ele defendeu uma legislação para proteger as pessoas contra este tipo de prática.
 
"Eles estão manipulndo material da vida pessoal dos usuários e eu estou preocupado com a habilidade do Facebook e de outros de controlarem os pensamentos das pessoas em política e em outras áreas", criticou Sherida, que é membro do comitê seleto de mídia da Câmara dos Comuns.
 
No entanto, para Katherine Sledge Moore, professora de psicologia de Elmhurst College, em Illinois, a realização deste tipo de estudo "não é uma surpresa".
 
"Considerando o que o Facebook faz com o feed de notícias dos usuários o tempo todo, e o que tivemos de concordar ao nos tornarmos usuárioso, esse estudo não é de se espantar".
 
Durante a apresentação do experimento, Adam Kramer admitiu que o Facebook não expressou claramente suas intenções ao fazer a pesquisa.
 
"Eu posso compreender por que alumas pessoas estã preocupadas e eu e os outros co-autores lamentamos a forma como o experimento foi descrito e quaquer ansiedade causada".
 
Terra
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