No bate-papo, registrado por seus respectivos veículos, Felipão admitiu problemas no desempenho da equipe nos quatro primeiros jogos do Mundial
O técnico Luiz Felipe Scolari se reuniu nesta segunda-feira com seis jornalistas selecionados para conversar a respeito do desempenho da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. No bate-papo, registrado por seus respectivos veículos, Felipão admitiu problemas no desempenho da equipe nos quatro primeiros jogos do Mundial, e reconhecer problemas com o choro dos jogadores em momentos importantes.
Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, Juca Kfouri afirmou que Felipão não gostou da excessiva atenção dada pela imprensa brasileira ao pênalti reclamado por Fred na estreia diante da Croácia, ao mesmo tempo em que se dá pouca atenção às simulações que o holandês Arjen Robben admitiu protagonizar. O Terra havia apurado tal crítica nesta segunda-feira.
Em seu registro, o colunista apontou a preocupação do treinador com as lágrimas dos jogadores. Thiago Silva, por exemplo, estaria sentindo o peso de ser o capitão do Brasil em uma Copa do Mundo disputada em casa. Júlio César, por sua vez, estaria se redimindo de quatro anos de críticas após a eliminação na Copa de 2010 frente a Holanda. Segundo Kfouri, “ficou claro que o time está alterado e que, como sempre, será importante a participação da psicóloga Regina Brandão”.
No mesmo jornal, Paulo Vinícius Coelho não citou a reunião com Felipão, mas afirmou que a comissão técnica da Seleção Brasileira tem a missão de corrigir as falhas técnicas diagnosticadas nos quatro primeiros jogos. “Há a certeza de que o time tem sido muito coração e pouca razão. A cabeça precisa esfriar a paixão”, afirmou. De quebra, reforçou ainda a preocupação de Felipão com a arbitragem da Copa 2014.
Carlos Eduardo Mansur, de O Globo, afirmou também que os apelos emocionais perderão espaço na Seleção Brasileira a partir de agora. “Há um consenso de que alguns deles (jogadores) passaram do ponto, estão emocionalmente fora do padrão desejado”, afirma. A meta, a partir de agora, é estabilizar os jogadores para a partida contra a Colômbia – e para as próximas, em caso de classificação. “Uma das estratégias é mostrar que o pior já passou. Em outras palavras, que um vexame de proporções enormes já foi evitado”, completa, citando a passagem pelas oitavas de final.
A avaliação psicológica também foi destacada por Luiz Antônio Prósperi, em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. “Não é preciso mais tanto choro. Felipão e Parreira já detectaram alguns jogadores que estão com a adrenalina acima do normal e vão fazer tudo para aliviar a tensão geral”, aponta. O texto cita mais uma vez Thiago Silva como o caso “mais sintomático”. David Luiz, por sua vez, foi elogiado.
A tendência, segundo os jornais, é que o jogo contra a Colômbia seja menos dramático. Contra o Chile, foi criado um “clima de guerra” pela estreia nas fases eliminatórias. Além disso, o adversário das quartas de final poderia ser o Uruguai, reeditando o confronto decisivo da Copa do Mundo de 1950.
Terra