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Família tenta provar inocência de Pesseghini com Facebook
Publicado em 14/07/2014 10:10
Notícias Policias

A família do garoto Marcelo Pesseghini, 13 anos, suspeito de matar os pais, a avó e uma tia em São Paulo, tenta provar a inocência do menino usando um página do Facebook com evidência. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a família pretende pedir na Justiça ainda hoje a retomada das investigações, que considerou o jovem culpado. Segundo a polícia, após matar os familiares, Marcelo se matou usando uma pistola.
 
A página no Facebook é considerada uma evidência pela família porque ela foi criada para homenagear a memória do sargento da Rota Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, pai do garoto, antes mesmo de os corpos terem sido encontrados, em 5 de agosto de 2013, segundo os registros da rede social.
 
Segundo a versão oficial da polícia, todos os cinco corpos foram localizados na casa da família após as 18h, por um familiar e um policial militar amigo da família. Segundo os familiares, a página foi criada às 16h48, ou seja, cerca de uma hora antes de a primeira testemunha encontrar os corpos.
 
Segundo a advogada dos avós paternos de Marcelo, uma possibilidade seria que o garoto tivesse criado o site antes de cometer suicídio. Os laudos da polícia apontam, entretanto, que o computador da casa foi utilizado pela última vez às 18h03 do adia anterior. Além disso, a página foi atualizada até, pelo menos, 17 de agosto de 2013.
 
Para a advogada, o verdadeiro assassino criou a página no Facebook para desafiar a polícia. A Secretaria de Segurança Pública não soube explicar o fato, e informou que a resposta deve ser dada agora pela Justiça. O Ministério Público informou à Folha que o promotor Daniel Tosta Freitas, responsável pelo arquivamento do caso, está em férias e um novo promotor ainda não havia sido designado.
 
Horário não pode ser mudado
Segundo o perito Paulo Cesar Breim, não é possível mudar o registro do horário de criação de uma página no Facebook, a não ser que o internauta tenha conhecimento de algum erro na programação do site, o que não foi noticiado até o momento. "Só se descobriu algum bug e não contou para ninguém. Na teoria, não consegue não, porque é o Facebook que controla esses registros", disse Breim.
 
Procurado, o Facebook não informou se é possível fazer tal alteração. Segundo a empresa, os responsáveis estavam ocupados com a Copa do Mundo e, por isso, não havia tempo para responder as questões enviadas.  O Facebook também não revelou se houve alguma invasão na página.
 
G1
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