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Em oito anos, 35 funcionários da Disney são presos por pedofilia
Mundo
Publicado em 16/07/2014
Pelo menos 35 funcionários da Disney World foram presos desde 2006 nos Estados Unidos por acusações de pedofilia e posse de pornografia infantil, informou a emissora americana “CNN” nesta terça-feira (15).
 
Os dados fazem parte de uma investigação em andamento há seis meses feita pela emissora, que examinou registros policiais e de tribunais e entrevistou policiais envolvidos nas investigações e alguns dos homens que foram presos.
 
Segundo a “CNN”, cinco funcionários do Universal Studios e dois do SeaWorld também já foram presos pelos crimes.
 
Entre os detidos nas investigações, 32 foram condenados. Dois dos casos, que envolvem posse de pornografia infantil, ocorreram dentro de propriedades da Disney, segundo registros policiais. Nenhum caso, entretanto, envolveu crianças ou adolescentes que visitavam os parques temáticos.
 
Um dos presos foi Robert Kingsolver, gerente de serviços responsável por reparos no Magic Kingdom, um dos parques da Disney em Orlando, na Flórida. Ele foi acusado de solicitar uma criança para atos sexuais e viajar para encontrar um menor para atividades sexuais. Ele nega as acusações.
 
“Minha vida está arruinada. A vida da minha família está arruinada. Eu devastei meus pais por causa de um mau julgamento”, disse em entrevista à “CNN”.
 
Após ser solto, Kingsolver foi proibido de ter contato com menores de idade e também de usar a internet.
 
Ele foi preso ao pensar que ia ao encontro de uma menina de 14 anos – o local havia sido montado pelos detetives do condado de Lake. A polícia diz que ele estava em busca de sexo. O homem, entretanto, disse que estava apenas tentando proteger a garota e afirmou que chamaria as autoridades quando chegasse à casa.
 
Segundo os registros policiais, outros funcionários da Disney presos incluem seguranças, guias, atendente de lojas de souvenires e empregados responsáveis pela manutenção dos brinquedos.
 
No caso mais recente, dois funcionários da Disney e dois da Universal foram presos. Um deles, que trabalhava em um hotel do Animal Kingdom e já trabalhou no popular brinquedo do filme Toy Story, procurava jovens na internet.
 
Em comunicado enviado à “CNN”, Jacquee Wahler, porta-voz da Disney, disse que “promover um .ambiente seguro para crianças e suas famílias é uma responsabilidade que levamos com seriedade. Temos medidas extensivas em andamento, incluindo checagem criminal antes da contratação e monitoramento de computadores”, afirmou.
 
Segundo a empresa, os números de presos representam uma porcentagem muito pequena quando se considerado número total de pessoas empregadas pela Disney no período – cerca de 300 mil.
 
A Disney também informou que trabalha de maneira próxima às autoridades e a entidades que trabalham para prevenir o desaparecimento e a exploração de crianças.
 
O Universal Studios informou que demitiu o funcionário que foi preso recentemente. “Temos tolerância zero com esse tipo de atividade. Nós lidamos com a situações como esta de maneira imediata e permanente”, disse Tom Schroder, porta-voz da empresa.
 
O SeaWorld disse que a “segurança de nossos funcionários é nossa principal prioridade”, acrescentando que a empresa tem “políticas e procedimentos em andamento e que tomará ações apropriadas quando necessário.”
 
G1
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