A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é uma doença neurovascular com grande impacto social, pela redução da qualidade de vida, que pode ter causa multifatorial.
Uma revisão na literatura realizada por Thais Stefane e colaboradores (Revista Brasileira de Enfermagem – 2012) demonstrou que, além do tratamento medicamentoso para prevenir e tratar a cefaléia, os tratamentos alternativos são eficazes para a melhora da qualidade de vida do paciente. Foram observados nesta revisão: a dieta alimentar, a intervenção multidisciplinar, os exercícios físicos, o relaxamento, uso de plantas medicinais e o treinamento comportamental.
Um consenso da Sociedade Brasileira de Cefaleia (2002), também recomenda o uso de tratamentos não farmacológicos para a profilaxia de enxaqueca como biofeedback, técnicas de relaxamento, terapia cognitiva comportamental, dieta, acupuntura, psicoterapia e fisioterapia. O exercício físico também parece reduzir a frequência e a severidade da enxaqueca.
A intervenção de um grupo multidisciplinar (neurologista para confirmação do diagnóstico, fisioterapeuta, exercício físico supervisionado, grupo de palestras com psicólogo, grupo de palestras com nutricionista e sessões de massagem terapêutica) foi efetiva em reduzir a frequência, a intensidade e a duração da dor, assim como a incapacidade e a depressão.
A alimentação também pode desencadear ou agravar os sintomas, entre eles: álcool, aspartame, cafeína, aminoácido tiramina e glutamato monossódico.
Quais alimentos devem ser evitados no momento agudo da crise de enxaqueca?
- Alimentos fontes de cafeína: chás escuros, chá verde, mate, refrigerantes tipo cola, chocolate.
- Alimentos com alto teor de glutamato monossódico: alimentos dietéticos, caldos em tabletes, aromatizantes naturais, enlatados, batata frita, temperos prontos.
- Alimentos com alto teor de tiramina: achocolatado, queijos envelhecidos tipo cheddar e muzzarela, arenque, vagem, azeitona, chocolate/cacau, carnes processadas, coalhada, couve, embutidos, enlatados, ervilha, feijão, fígado, manteiga, molho de soja, pasta de amendoim, peixe seco e salgado, pizzas.
A retirada de determinado alimento ou grupo alimentar deve ser feita após teste individual. A mudança do estilo de vida com a inclusão de hábitos de vida saudáveis (exercício + dieta) reduz a incidência das crises.
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