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Enfermeira italiana acusada de matar 38 pacientes pode ter vindo ao Brasil
Mundo
Publicado em 16/10/2014
A enfermeira italiana de 42 anos acusada de matar ao menos 38 pacientes em um hospital na cidade de Lugo pode ter visitado o Brasil. Em jornais italianos, Daniela Poggiali pode ser vista em fotos usando uma camisa do Flamengo, além de posar em frente a uma camisa da Seleção Brasileira. Ela também aparece em uma praia, não identificada, de acordo com matéria do Jornal Nacional (veja acima).
 
Segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”, Daniela Poggiali aplicava doses letais de potássio em pacientes que exigiam muita atenção ou cujas famílias ela considerava “chatas”. Presa, ela alega inocência e se diz vítima de um complô.
 
Durante a investigação, de acordo com o jornal, foi encontrada no celular da acusada uma selfie na qual ela aparece com o polegar para cima, fazendo sinal de positivo, ao lado de um paciente que tinha acabado de morrer.
 
“Em todos os meus anos como profissional já vi diversas fotos chocantes, mas poucas foram como essa”, disse à publicação o promotor chefe de Ravenna, Alessandro Mancini. A descoberta dos crimes aconteceu após a morte de Rosa Calderoni, de 78 anos, em abril deste ano. Internada por uma doença simples, o falecimento da idosa levantou suspeitas e testes indicaram uma dose extremamente elevada de potássio em seu organismo. A partir daí, uma investigação concluiu que outros 37 pacientes do hospital Umberto I também morreram de forma suspeita e todos haviam sido cuidados por Poggiali.
 
Um dos casos suspeitos envolve a família do diretor de enfermagem do hospital, Mauro Taglioni, com quem ela não teria um bom relacionamento. Em março, um parente idoso de Taglioni morreu pouco depois de sua internação no Umberto I.
 
Ouvidos pelos investigadores, colegas de trabalho disseram que, ao reclamarem de algum paciente, mais de uma vez ouviram de Poggiali frases como “deixe comigo, eu o faço ficar quieto”. Eles se queixaram ainda que a enfermeira administrava altas doses de laxante aos pacientes no final de seu turno, com a intenção de dificultar o trabalho dos que assumiriam os plantões seguintes.
 
G1
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