"Presidente ou deputado?", ouviu Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e deputado federal a partir do próximo ano. "Andrés mesmo", respondeu, rejeitando também, por ora, o título de diretor de futebol do clube do Parque São Jorge. Essa possibilidade ainda existe para o próximo ano.
Candidato da situação nas eleições presidenciais de fevereiro, Roberto de Andrade já disse que gostaria de contar com aquele que dirigiu a agremiação entre 2007 e 2012. Próximo de Andrade, o ex-mandatário preferiu não se comprometer a assumir formalmente um cargo.
"Você me perguntando assim, não", respondeu Andrés. "Tem que esperar fevereiro, ver tudo certinho. Quando estou em um negócio, quero entrar de cabeça. E talvez eu não vá ter tempo. O futebol precisa de dedicação 24 horas por dia, para não falar 28."
O que deverá tomar o tempo do ex-presidente, além de suas empresas, é Brasília. Deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ele não poderá, em tese, acompanhar o dia a dia do futebol alvinegro. Poderá facilmente, no entanto, dar pitacos no departamento. E ser ouvido.
Andrés foi consultado muitas vezes pelo sucessor Mário Gobbi, mas não teve sua recomendação seguida em várias ocasiões, o que o irritou e gerou atrito. Roberto de Andrade é hoje bem mais próximo de Andrés, assim como outro provável dirigente, Duílio Monteiro Alves.
"Estou sempre à disposição para ajudar, independentemente de quem for o presidente do Corinthians", comentou o deputado, já preocupado com a patrulha que o espera. "Futebol, no dia a dia, já é difícil. Por telefone, então.... Ainda mais grampeado. Pegam tudo. É terrível", brincou.
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