
A forte chuva que atingiu Araraquara (SP) na tarde de quinta-feira (12) deixou uma família desalojada no bairro Cruzeiro do Sul. A água da enxurrada ficou represada um terreno ao lado do muro da casa do pedreiro Jurandir Alves Pina, que mora com duas filhas.

“Apareceu uma fissura no meio da parede. Falei, corre que a casa vai cair. Peguei no braço da menina menor e saí protegendo. Quando cheguei à garagem, escutei o estouro”, contou. Na tarde desta sexta-feira (13), a Defesa Civil vai analisar se casa sofreu danos na estrutura e somente depois a família saberá se poderá ficar ou não no imóvel.
Volume de chuva
Em apenas 6 horas, choveu mais de 97 milímetros. O previsto para todo o mês é 250 milímetros. A pancada mais forte ocorreu por volta das 17h30. A Via Expressa, uma das mais importantes da cidade, alagou. A água quase cobriu um carro. Um trecho da Rodovia Graciano da Ressurreição Afonso (ARA-080), que dá acesso ao distrito de Bueno de Andrada virou um rio.
No bairro Yolanda Ópice a água subiu e a força da correnteza assustou os moradores. No Cruzeiro do Sul, parte do hospital psiquiátrico Caibar Schutel ficou alagada e nesta sexta-feira foi preciso fazer a limpeza. Na rua ao lado do hospital mais estragos. A enchente foi tão forte que placas no asfalto se soltaram e foram arrastadas com a força da água.
Plano de contenção
O secretário de Cooperação de Assuntos da Segurança Pública, João Alberto Nogueira Júnior, diz que é preciso rever o plano de contingência da cidade. “Com base no que aconteceu, vamos fazer o mapeamento de toda a cidade que sofreu com os alagamentos. A ideia é refazer esses plano de contingência porque há necessidade de readequá-lo e também estudar forma ágeis de alerta para as comunidades que estão nessa área de risco”, disse.
O prefeito Edinho Silva (PT) este nos locais atingidos. Para ele, nenhum sistema de alerta seria suficiente para evitar os estragos.
“O mais importante é o amparo às famílias, socorrermos e ajudarmos na reconstrução das residências. Temos que aprimorar nosso sistema de alerta, agora 98 milímetros em 40 minutos evidentemente que nenhum sistema de alerta daria conta de um volume de chuva como este”, disse.
Na Rua Bruno Ópice Júnior, o asfalto também ficou danificado. A dona de casa Elen Vieira da Silva contou que os estragos não foram maiores porque na semana passada ela mandou fazer um muro de contenção. “Se eu pudesse, mudaria daqui. Mas quem vai querer comprar uma casa desse jeito? Choveu demais, inunda disse ela.
Região
Em Matão, o temporal durou 30 minutos. Segundo o Corpo de Bombeiros, choveu 40 milímetros. As principais avenidas da cidade ficaram alagadas. Na rotatória da Avenida Padre Nelson com a Rua Carlos Augusto Aguiar, carros ficaram ilhados. Os bombeiros atenderam várias ocorrências, mas não houve registro de feridos.
Já em Vargem Grande do Sul, o temporal durou 40 minutos, tempo suficiente para alagar várias ruas. No Jardim Fortaleza, a força da enxurrada arrastou várias motos que estavam estacionadas. Também não registro de feridos, segundo a Guarda Civil Municipal (GCM).