No verão, além das temperaturas altas, a incidência de algumas doenças é maior. No calor, transpira-se mais e consequente desidratação. Com isso, a urina tende a ficar mais concentrada. Esses fatores associados aumentam as chances de cálculo renal. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que nesses meses de calor os casos de pedras nos rins aumenta 30%. Para evitar, ingerir bastante líquido.
“Durante o verão a desidratação, devido ao aumento das temperaturas, leva a maior concentração urinária e aumento a formação de cálculos. Há ainda a ocorrência de maior eliminação de cálculos previamente formados devido à maior atividade física das pessoas por conta das férias”, explica Alex Meller do Departamento de Terapia Minimamente Invasiva da SBU.
Além de consumir 2,5 a 3 litros de líquido ao dia, o urologista indica outras medidas para evitar os cálculos. Os cuidados valem para qualquer época do ano.
“Outra medida importante é a modificação da dieta, com redução no consumo de sódio, muito presente em alimentos industrializados, e deve-se ainda restringir o consumo de proteínas de origem animal”, conclui.
Fatores genéticos
O urologista Rodrigo Frota explica que o surgimento do cálculo renal é determinado pela predisposição genética, associada a alimentação rica em cálcio e em outros componentes tidos como “cristais”. “A formação dos cálculos se dá através do acúmulo destes cristais nos rins, que são responsáveis por filtrar o sangue”, explica o médico do Hospital Quinta D’Or.
Para diagnosticar o cálculo previamente é indicado que pacientes com histórico familiar façam anualmente ultrassonografia,diz o urologista. “No caso da identificação, recomenda-se, para a definição do tratamento, a realização de uma tomografia, capaz de mensurar a localização e densidade do cálculo.”