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Estado lastimável, diz conselheira sobre criança internada após sofrer maus-tratos
Notícias Policias
Publicado em 11/04/2018

Menino de 5 anos, que tem deficiência auditiva, precisou levar 10 pontos na cabeça. Segundo a Polícia Civil de Lençóis Paulista, namorado da mãe é suspeito do crime.

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O menino de 5 anos que deu entrada na UPA de Lençóis Paulista com sinais de maus-tratos na terça-feira (10) foi transferido para o Hospital Estadual de Bauru devido à gravidade dos ferimentos.

O Conselho Tutelar foi acionado depois que a mãe do menino deu entrada na UPA dizendo que ele havia caído e cortado a cabeça.

No entanto, a equipe médica desconfiou dos hematomas e acionou o Conselho Tutelar, que registrou boletim de ocorrência sobre o caso na Polícia Civil.

A conselheira tutelar Sandra Tonin afirma que em 15 anos de profissão nunca havia visto um caso tão grave.

"Era lastimável, um caso de dar muita revolta. Ele estava deitado no leito do hospital pálido, sem expressão", conta.

De acordo informações do boletim de ocorrência, o menino, que tem deficiência auditiva e fala com dificuldade, foi espancado e apresentava hematomas em várias partes do corpo, principalmente no rosto e na cabeça, onde sofreu um corte e precisou levar 10 pontos para fechar o ferimento.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança nega as agressões e diz ter deixado o menino com o namorado - principal suspeito do crime - em casa para ir ao supermercado na noite de segunda-feira (9) e quando voltou encontrou a criança machucada, mas não teria chamado a polícia por medo.

O menino só teria sido levado para a UPA durante a madrugada desta terça-feira (10), por conta do ferimento na cabeça.

Por isso, a polícia investiga também se houve omissão ou negligência da mãe, que perdeu temporariamente a guarda do filho.

Ela foi intimada a prestar depoimento na delegacia e o suspeito do crime não foi localizado até a manhã desta quarta-feira (11).

Suspeita de tortura
A criança passou por exame de corpo de delito e os médicos aguardam os resultados. De acordo com o delegado Renzo Bardin, esses resultados podem, eventualmente, mudar a natureza do crime.

"A principio, as condições indicam lesão corporal mas pode ser que mude até para um caso de tortura", explica.

Quando receber alta do hospital, o menino deve ser encaminhado para a casa da avó materna, em Bauru, que ficará responsável pela criança. (TVTem)

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