A enviada especial da agência de refugiados da ONU Angelina Jolie manifestou apoio, nesta terça-feira, aos venezuelanos que foram forçados a deixar sua terra natal e agradeceu aos países sul-americanos que os hospedam.
A atriz de Hollywood se reuniu com refugiados venezuelanos em Lima, no Peru, nesta semana, para chamar a atenção para sua situação.
A ONU estima que cerca de 2,6 milhões de venezuelanos deixaram seu país, com a maioria partindo desde 2015 em meio a uma crise econômica sob o governo do presidente Nicolás Maduro.
"Depois de ter falado com tantas pessoas, fica claro para mim, muito claro, que isso não é um movimento por escolha", disse Jolie a repórteres em uma apresentação com o ministro das Relações Exteriores do Peru.
"Eu ouvi histórias de pessoas morrendo por causa da falta de cuidados médicos e remédios ... pessoas passando fome e relatos trágicos de violência e perseguição", afirmou ela.
A visita de Jolie ocorre em meio a uma reação negativa contra os venezuelanos em alguns países da América do Sul, onde eles se estabeleceram.
O Peru foi um dos primeiros países a criar um programa especial de residência para os venezuelanos, permitindo-lhes trabalhar legalmente no país andino de 32 milhões de habitantes. Mas, como o número de venezuelanos chegou a quase meio milhão no Peru, o país restringiu as exigências de entrada, citando preocupações de segurança, e interrompeu o programa de residência.
Jolie se reuniu com o presidente peruano, Martin Vizcarra, e disse que eles discutiram maneiras como a comunidade internacional pode ajudar os países que recebem os venezuelanos.
"Como em quase todas as crises de deslocamento, os países que têm menos recursos estão sendo solicitados a fazer mais", disse Jolie, agradecendo ao Peru e a outros países "muito generosos" como Equador e Colômbia por terem acolhido venezuelanos. (Reuters)