População acordou assustada com explosões e Intensa troca de tiros entre policiais e assaltantes
Um ataque a uma empresa de valores na madrugada de hoje impôs um clima de terror em Ribeirão Preto. Foram mais de duas horas de troca de tiros, explosões que acordaram em sobressaltos gente de várias regiões da cidade -, e muito medo para os moradores vizinhos da Lagoinha. A Polícia Militar, no entanto, conseguiu frustar o assalto e acabou matando um dos criminosos na troca de tiros. Nenhum policial ficou ferido.
No bairro da zona Leste da cidade, um grupo de criminosos que visava assaltar a empresa de transporte de valores Brinks, protagonizou cenas de cinema ao incendiar carros, montar barricadas nas ruas de acesso à empresa, espalhar pregos e cravos para furar pneus de viaturas e fuzilar postes e transformadores de energia.
A ação foi quase um reprise do megassalto da Prossegur em julho de 2016, quando um grupo composto por cerca de 40 homens roubour R$ 55 milhõess depois de corromper funcionários da empresa. A maior parte do bando continua solto e a polícia não descarta que integrantes possam estar envolvidos na megaoperação da madrugada.
O assalto só não se concretizou porque, dessa vez, policiais militares foram rápidos e iniciaram uma intensa troca de tiros com os criminosos. Um deles morreu próximo à entrada da empresa de valores e outros dois teriam sido socorridos.
De acordo com a PM, os criminosos montaram seis barricadas para impedir acesso da polícia à transportadora enquanto tivessem concretizando o assalto. O bando conseguiu explodir um muro no fundo da empresa, mas, segundo a PM, não chegou a ter acesso a nenhum centavo.
Imagens enviadas por internautas ao Acidade ON mostram homens vestidos de preto e encapuzados disparando com tiros de fuzil nos postes e transformadores com a finalidade de deixar os arredores da empresa no escuro.
Numa das barricadas, na rua Niterói, o bando chegou a incendiar um carro e botar motoristas que tentavam acesso à rua para correr.
Os vizinhos mais corajosos buscaram frestas de casas e apartamentos para filmar a ação dos criminosos e lotaram as redes sociais com cenas de guerra. No escuro, era possível ver as rajadas dde metralhadoras e fuzis e a luz das explosões.
Desespero
"Moro na Lagoinha, próximo ao local, na Francisco Caetano, tinha tiro na esquina de casa, as explosões balançavam minhas janelas. Tudo muito forte. Tudo começou às 2h30", disse a internauta Maria Rita Costa Oliveira, que encaminhou fotos e vídeos para a redação.
"Pensei que fosse guerra. Estava ensurdecedor. Cheguei a pensar em esconder debaixo da cama de medo de bala perdida", disse a engenheira Thalita Celani. (CidadeOn)