Balanço semanal divulgado nesta terça-feira (28) traz o registro de mais quatro mortes, além de outros casos que aguardam confirmação.
A Secretaria de Saúde de Bauru divulgou nesta terça-feira (28) a confirmação de 1.449 novos casos de dengue, todos eles autóctones (contaminação no próprio município).
A novidade do anúncio foi o aumento dos casos fatais, que eram 17 desde o dia 2 de maio e agora passaram para 21 mortes.
Com esses novos casos, Bauru chegou à marca de 19.471 pessoas que contraíram a doença neste ano, o que ratifica a condição de pior epidemia de dengue da história da cidade. Desse total, apenas 32 casos são importados (contaminação fora do município).
Com 21 mortes, epidemia de dengue em Bauru chega a mais de 19 mil casos, aponta Secretaria
Segundo a prefeitura, os casos divulgados nesta terça-feira referem-se a pessoas que tiveram início de sintomas entre 1º de janeiro e 6 de abril, período de mais notificações e maior fase de transmissão da doença.
Ainda segundo dados da Secretaria de Saúde, no mês de abril os números de notificações tiveram uma redução de 66% em relação ao mês de março, o que indicaria uma tendência de queda do ritmo de contágio.
A pasta informa ainda que aguarda os outros resultados de exames de casos suspeitos de morte que estão sendo feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Epidemias anteriores
Na última grande epidemia da cidade, em 2015, foram em todo o ano registrados 8.482 casos de dengue, com seis mortes. Ou seja, com o anúncio atual, Bauru chega em meados de maio a quase o dobro de casos de 2015.
Antes disso, as piores situações tinham sido registradas em 2013, sendo 7.434 casos, com duas mortes. Em 2011, foram 4.384 e seis mortes, e em 2007 2.064 casos.
Sem nebulização
Apesar da maior epidemia da história, Bauru segue sem os trabalhos de nebulização há quase um mês. A prefeitura precisou suspender o serviço no último dia 30 por falta de inseticida, produto utilizado nos carros do "fumacê" para fazer o combate ao mosquito da dengue.
A Secretaria de Saúde de Bauru já fez o pedido ao Ministério da Saúde, mas informou nesta terça-feira que o inseticida segue em falta.
O inseticida usado no "fumacê" mata o mosquito somente na fase adulta e, por isso, não é suficiente para eliminar totalmente o Aedes aegypti. Ações de limpeza de terrenos e cuidados nos quintais seguem sendo fundamentais. (G1)