Duas mulheres foram presas sábado (22) em Ribeirão Preto por suspeita de participarem do sequestro de um engenheiro agrônomo, em maio deste ano. Segundo a Polícia Civil, a vítima ficou 12 horas em poder da quadrilha e teve cerca de R$ 7 mil roubados.
Levadas à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Maria de Lourdes de Souza e Flávia Fiori Hernandes negaram as acusações. “Não, não tenho nada para falar”, disse uma delas. “Eu não tenho envolvimento com nada”, completou a outra.
A Polícia Civil informou que o caso não tem relação com o sequestro do empresário que foi libertado do cativeiro na última quarta-feira (19), em Jardinópolis (SP). Nessa ação, quatro homens foram presos em flagrante e um deles confessou ser o líder da quadrilha.
O delegado César Augusto de França contou que o agrônomo, cuja identidade não foi revelada, caiu em uma emboscada e foi rendido pelos sequestradores na tarde de 5 de maio, em um sítio próximo à Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário Sul).
“Esse agrônomo foi atraído por um anúncio de venda de um trator. Ele foi ver esse trator para comprá-lo e acabou sendo capturado e levado para um cativeiro. Quem sequestrou essa vítima foram homens, depois essas mulheres ficaram com a vítima no cativeiro”, detalhou.
A quadrilha exigiu R$ 100 mil pelo resgate, mas, como a família da vítima não tinha esse valor, os sequestradores levaram o agrônomo até agências bancárias nas avenidas Mogiana e Saudade, e sacaram tudo o que havia nas contas bancárias dele.
França explicou que os criminosos também realizaram compras com cartões de crédito do refém. Imagens de câmeras de segurança de supermercados e lojas onde a quadrilha esteve foram entregues à Polícia Civil, e ajudaram a identificar as suspeitas.
“Temos filmagens dessas compras. As duas presas participam e temos imagens dos homens que fizeram o sequestro. Elas são conhecidas pela DIG, tem várias passagens, inclusive por roubo. As informações são de que participam de tribunal do crime”, disse.
A Justiça decretou as prisões temporárias de Maria de Lourdes e Flávia por 30 dias. O delegado afirmou que as duas estavam sendo monitoradas há 40 dias. Agora, segundo França, a polícia está a um passo dos demais integrantes da quadrilha.
“As investigações continuarão. Já temos várias informações, inclusive sobre a localização do cativeiro, e mais para frente teremos mais informações”, concluiu. (G1)