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Substância do limão que diminui açúcar no sangue é desenvolvida pela Unesp de Araraquara
Ciência e Saúde
Publicado em 08/08/2019

limao

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara desenvolveram um composto extraído do limão siciliano que reduz a glicose (açúcar) no sangue. Ele será vendido nos Estados Unidos a partir de outubro como suplemento para auxiliar na prevenção da diabetes.

Eriocitrina

O produto é feito à base de eriocitrina, um composto encontrado em frutas cítricas.

"Ele é capaz de aumentar a produção de insulina que, por sua vez é capaz de remover a glicose do sangue, diminuindo os níveis de glicose sanguínea”, explicou a pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, Thaís Borges César.

A pesquisa foi desenvolvida em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês). Os pesquisadores usaram a casca do limão siciliano, que tem altas concentrações da substância, para sintetizar um pó que foi encapsulado.

Segundo os pesquisadores, a principal vantagem é que o produto é natural e não tem efeitos colaterais.

Testes

O composto foi testado em 90 voluntários diagnosticados com pré-diabetes, com um nível de glicose alto no sangue, entre 100 e 125 mg/dl.

Eles tomaram uma cápsula de eriocitrina por dia, com uma concentração da substância equivalente a 20 limões durante três meses. Todos os voluntários apresentaram redução da glicemia, sendo que 25% deles reverteram o estado de pré-diabetes para os índices normais.

Foi o caso da técnica de enfermagem Maria Isabel Kapp. “Eu tenho pai e mãe diabéticos, já tenho a pré-disposição pra ser diabética, então com esse produto da pesquisa, eu não precisei ainda usar os remédios convencionais para baixar minha glicose”, afirmou.

Não há previsão para o composto ser vendido no Brasil, mas segundo Thaís, consumir o limão siciliano com frequência pode ajudar na redução da glicose.

“Se a gente incorporar o uso dessa fruta na nossa alimentação, vai estar absorvendo essa substância. É claro que em concentração muito mais baixa do que a cápsula, o suplemento que nós demos aos pacientes, mas ao longo do tempo, isso vai ter um efeito na nossa saúde”, afirmou a pesquisadora. (EPTV)

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