Na madrugada de sábado (29), um motorista ficou em estado grave após despencar com o caminhão na cratera aberta pela chuva do último dia 10, na altura do quilômetro 258 mais 400 metros da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Botucatu. Este foi o terceiro caso de queda de veículo no buraco em 20 dias. Nas ocorrências anteriores, duas pessoas morreram. Ainda neste final de semana, uma quarta queda quase ocorreu.
Segundo o registro policial, o acidente grave de ontem ocorreu por volta das 3h30, no sentido Capital-Interior, que está com as duas pistas interditadas. O motorista J.R.M. conduzia caminhão com placas de Tupã carregado com mercadorias diversas quando, por razões a serem esclarecidas, avançou sobre a sinalização existente no local e caiu na cratera.
Ele foi socorrido em estado grave e conduzido ao Hospital das Clínicas (HC) de Botucatu, onde permanecia internado até fechamento desta edição. De acordo com a Concessionária Rodovias do Tietê, que administra o trecho, na sequência, uma carreta apresentou problemas nos freios, avançou sobre a sinalização, fez um "L" e quase caiu no buraco.
As duas pistas da rodovia SP-300 no sentido Capital-Interior estão interditadas no quilômetro 258 desde o dia 10 de fevereiro. As duas pistas no sentido Interior-Capital também chegaram a ser fechadas, mas foram liberadas no último dia 14 pela concessionária e passaram a operar como pista dupla até a praça de pedágio de Botucatu. A previsão é de que as obras de recuperação do trecho sejam concluídas só no início de abril.
Por conta dos acidentes, a concessionária informa ter reforçado a sinalização no trecho.
MORTES
No dia 10 de fevereiro, a tubulação que canalizava o rio Lavapés e passava sob a SP-300 no quilômetro 258 não suportou o grande volume de chuva na região de Botucatu e se rompeu de madrugada. Um caminhão com placas de Porto Feliz que passava pelo local foi arrastado para dentro do rio.
No fim da tarde do mesmo dia, o veículo e o corpo do motorista, identificado como Epaminondas Macedo Souza, 50 anos, foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros, com o auxílio do Helicóptero Águia da Polícia Militar (PM), a cerca de um quilômetro da cratera, próximo à cachoeira da Pavuna.
Na manhã do dia 24 de fevereiro, por razões a serem apuradas, um coletivo caiu na mesma cratera. O motorista Talison Camilo da Silva Oliveira, 29 anos, que morava em Bauru e trabalhava com fretamento e excursões, ficou preso nas ferragens, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. (JCNet)
