Após quase oito meses de investigação, a ciência deu um salto importante na última semana. Três vacinas tiveram resultados positivos reportados sobre a eficácia no combate ao novo coronavírus. Elas vieram do Reino Unido, da China e dos Estados Unidos.
Os projetos de vacinas se mostraram seguros em humanos e também geraram resposta imunológica contra o novo coronavírus. O feito foi atingido pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, pelo Instituto de Biotecnologia de Pequim e pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech.
Os avanços são significativos, mas especialistas seguem recomendando medidas de distanciamento social e uso de máscaras porque a pandemia do novo coronavírus ainda não acabou. Falta vencer mais uma etapa importante de testes: verificar se alguma das vacinas gera imunidade o suficiente para proteger o organismo humano da infecção do novo coronavírus.
A semana trouxe boas novas e esperança a bilhões de pessoas no mundo todo, e os avanços merecem ser celebrados. Mas é preciso ter cuidado porque o vírus ainda está circulando. Enquanto o mundo todo tem 14,5 milhões de casos, só o Brasil registra mais de 2 milhões e mais de mil pessoas morrem diariamente em decorrência da covid-19.
O combate ao coronavírus requer agilidade e a ciência tem superado os próprios limites. A criação de uma vacina pode levar até 10,7 anos, de acordo com uma pesquisa feita por pesquisadores na Holanda. Se a vacina contra o coronavírus ficar pronta ainda neste ano, ela será a mais rápida já criada pela humanidade, superando a vacina contrao vírus Ebola, que levou cinco anos para ser desenvolvida.
Esta segunda-feira começa com mais uma esperança: a vacina da farmacêutica americana Moderna entra na fase 3 de testes, assim como as vacinas mais avançadas do momento. É impossível prever qual será a empresa vitoriosa na corrida pela vacina. Mas mundo espera que alguma delas consiga atingir o sucesso para, então, iniciar-se o fim da pandemia que marcou o ano de 2020.