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Pai diz que filho morto em acidente com avião agrícola sonhava em ser piloto desde os 4 anos: 'Tinha tantos planos'
Notícias Região
Publicado em 17/01/2022

 O pai do piloto que morreu após acidente com um avião agrícola em Cafesópolis, distrito de Cafelândia (SP), contou que o filho sonhava em ser piloto de avião desde os 4 anos.

Segundo Erasmo de Oliveira, de 45 anos, o filho Alan Henrique de Oliveira, 24 anos, realizava o sonho de ser piloto desde 2015, quando iniciou os estudos na escola de aviação de Itápolis.

“Ele começou a estudar, se formou e ficou dois anos como instrutor de voo na escola. Depois, ele resolveu pilotar os aviões agrícolas”, diz.

 Erasmo também relembrou que o filho comemorava cada vez que “saía do solo”. Segundo o pai, Alan sempre mandava pelas redes sociais aos familiares a quantidade de voos que havia feito no dia, como forma de mostrar sua realização.

“Éramos muito mais que pai e filho, éramos amigos, companheiros. O Alan era um menino sempre sorridente, não tinha quem não gostasse dele. Ele estava acostumado a voar, sempre me dizia quando ia pilotar”, comenta.

 O pai do rapaz contou que Alan semeava outros sonhos, além do que concretizou quando se tornou piloto. Entre eles, a vontade de se casar, comprar a própria casa e continuar ajudando a família.

“Ele pagava a faculdade do irmão de 20 anos, que cursa medicina veterinária. Ele tinha tantos planos, de casar, formar uma família e ter a própria casa”, afirma.

“Não estamos bem, estamos tentando ficar em pé e juntando esforços para nos apoiar. Foi um choque, meu mundo desabou”, finaliza.

Escola do aeroclube

O empresário Edmir Gonçalves, sócio da escola do aeroclube de Itápolis que formou o piloto Alan lamentou a morte do aluno após acidente com um avião agrícola em Cafelândia. Segundo Edmir, a vítima era muito experiente na função.

Segundo o empresário, Alan foi um aluno tão destacado durante sua formação que chegou a atuar por alguns anos como instrutor da escola de Itápolis, antes de fazer o curso de aviação agrícola.

“Apesar de jovem, ele era experiente e sabia muito sobre pilotagem, cumpriu várias de suas horas de voo na função de instrutor da nossa escola. Além disso, já era experiente na atual função na aviação agrícola, estava em sua terceira safra. O que mais sensibiliza a todos que o conheceram é que ele morreu trabalhando naquilo pelo qual era apaixonado”, afirma Edmir Gonçalves.

O acidente

O avião agrícola que Alan Henrique pilotava caiu no distrito de Cafesópolis, na zona rural de Cafelândia. Segundo o Corpo de Bombeiros, o avião era do tipo pulverizador e caiu em meio a uma plantação de cana.

Segundo a Defesa Civil, moradores da região fizeram o chamado para o Corpo de Bombeiros de Lins, mas quando as equipes chegaram ao local o piloto já estava sem vida, preso às ferragens.

A Polícia Civil de Cafelândia e a Polícia Científica de Lins estiveram no local. O Cenipa, órgão que investiga acidentes aéreos no país, também foi acionado. Ainda não se sabem as causas do acidente, que será investigado.

G1

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