O adolescente de 15 anos, suspeito de liderar um grupo racker que invadiu sites de universidades da Ucrânia foi ouvido nesta terça-feira (29), na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Franca. Ele é alvo de uma operação da Polícia Civil do Ceará, que investiga o grupo desde novembro do ano passado.
Segundo o delegado Edvando França, do departamento de Inteligência da Polícia Civil do Ceará, o grupo se denomina pró-Rússia e se vangloriava a cada ação. O suposto líder da quadrilha também seria o responsável por coordenar um ataque ao Tribunal de Contas do Ceará, o que deu origem as investigações.
"No caso do Tribunal de Contas aqui do estado, eles não conseguiram roubar os dados, mas eles de certa forma, danificaram o sistema. Neste contexto, iniciamos as investigações em novembro, e de lá para cá, conseguimos identificar os membros desta quadrilha", explica.
Perfil dos acusados
Nesta terça-feira, a 'Operação Traceable', cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos acusados. A ação ocorreu em quatro estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os policiais apreenderam celulares e computadores de última geração.
"Eles provavelmente não se conheciam pessoalmente, somente pela rede mundial de computadores (...) Todos eles eram bem qualificados, eram muito inteligentes e tinham conhecimento técnico daquele tema. De fato, eles não esperavam que a Policia Civil do Ceará conseguisse chegar até eles", complementa.
Outro sites
A delegada Ana Padilha, da Inteligência da Polícia Civil, afirma que outros sites também foram invadidos pela quadrilha, conforme apontam as investigações.
"Eles são responsáveis pelo invasão ao site de inteligência da Indonésia, aos sites dos Tribunais de Conta do Pará, Amazonas e algumas outras plataformas. O grupo é bem articulado, e agem só para 'pichar' a imagem do site e derrubar o serviço. O objetivo não é arrecadação de dinheiro, eles só fazem por diversão", finaliza.
EPTV