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Itápolis está entre as cidades do interior de SP que enfrentam seca extrema
Notícias Região
Publicado em 03/09/2024

O interior de São Paulo enfrenta um intenso período de estiagem, com condições de seca extrema e severa em mais da metade do estado de São Paulo, incluindo Itápolis. Nas regiões de Sorocaba, Jundiaí, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto (SP), a situação não é diferente, mostram dados do Governo Federal (veja mapa acima).

De acordo com Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), responsável por gerenciar e direcionar ações para o enfrentamento de crises climáticas, essa é a maior seca já registrada no Brasil desde 1950 e afeta o país de forma geral, com exceção do Rio Grande do Sul.

 

A seca atinge 641 dos 645 municípios paulistas, quase todo o estado. Confira as condições enfrentadas em SP:

 

Seca severa: 272;
Seca moderada: 234;
Seca extrema: 82;
Seca fraca: 53.

 

Na região de Jundiaí, Jarinu enfrentava situação de seca severa.

A seca extrema também atingiu Pindorama (SP), na região de Rio Preto, onde um homem foi preso e multado em mais de R$330 mil após colocar fogo em um canavial.

Além de enfrentar a seca extrema, o noroeste paulista precisa lidar com as queimadas. Em Fernandópolis (SP), um incêndio devastou aproximadamente 15 mil hectares de mata nativa e um canavial.

 

Por que a seca no Brasil está tão severa?

 

A resposta para essa pergunta não é tão simples. O que os especialistas explicam é que ela é multifatorial e leva em consideração alguns pontos:

 

 El Niño: o fenômeno, que aquece o Oceano Pacífico, contribuiu para a elevação das temperaturas no país e mudou os padrões de chuva. O El Niño ainda gerou uma seca intensa ao Norte do país, que bateu recordes.

 

Bloqueios atmosféricos: A expectativa era que o El Niño acabasse e a seca terminasse em abril deste ano, o que não aconteceu. Isso porque bloqueios atmosféricos impediram que as frentes frias avançassem pelo país, deixando a chuva abaixo da média em quase todo o mapa, com exceção do Rio Grande do Sul.

 

Aquecimento do Atlântico Tropical Norte: Nos últimos meses, o Oceano Atlântico Tropical Norte está mais quente do que o normal, o que tem contribuído para as mudanças nos padrões de chuva pelo país, prolongando a seca iniciada em 2023.

 

A soma destes fenômenos, que mudaram os padrões de chuvas e de temperatura por um período de tempo tão longo e sem trégua, é que fez com que a seca se intensificasse e espalhasse pelo país.

 

G1

 

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