Na última semana, Felca viralizou com um vídeo em que expõe a adultização de crianças nas redes, além de denunciar perfis de influenciadores por exploração infantil. Uma dos motivos do humorista para o viral foi o fato de conhecer pessoas que tinham sofrido violência sexual na infância.
"Eu conhecia pessoas do meu convívio social que foram abusadas sexualmente na infância. Eu pensava em como consolar aquela pessoa e comecei a estudar sobre o assunto", disse o influenciador em entrevista ao Fantástico. "Comecei a pensar que eu estou nesse lugar de poder ver uma coisa que não é tão legal e falar sobre ela. Muitos influenciadores têm esse poder, só que preferi exercer",
No vídeo, Felca mostrou que, em poucos cliques, é possível chegar a material ligado à pedofilia, favorecido pela lógica de recomendação dos algoritmos.
A repercussão foi imediata. Em menos de 24 horas, o vídeo passou de 4 milhões de visualizações. Hoje, já são mais de 44 milhões de acessos. Entre os impactados está Cristiane, professora e mãe, que reconhece ter revisto a própria relação com a exposição do filho na internet.
“Até porque criança dá engajamento. Só que eu não tinha ideia dessa sujeirada toda e eu me senti muito mal como mãe. Aí na hora eu arquivei tudo, tirei, não farei mais porque preciso proteger, é minha função proteger meu filho”, afirmou.
O termo “adultização” usado por Felca resume, segundo ele, a prática de privar crianças do livre brincar e inseri-las em contextos adultos. Especialistas ouvidos pelo Fantástico alertam que isso compromete o desenvolvimento emocional e pode gerar impactos duradouros na saúde mental.
O vídeo também apresenta o conceito do “algoritmo P”, apelido dado pelo influenciador para explicar como sistemas de recomendação favorecem conteúdos que sexualizam menores. A Meta, dona do Instagram, afirma que remove esse tipo de material assim que identificado e que adota medidas para evitar que adultos suspeitos encontrem perfis de crianças.
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