Famílias sem terra invadiram na manhã desta segunda-feira (21) mais uma área em Pradópolis, onde há plantio de cana por uma usina.
Há 13 dias, o mesmo grupo já havia montado acampamento em outra área próxima, mas pedido de reintegração de posse concedido pela Justiça obrigar a retirada dos sem-terra. Ambas ficam próximas ao assentamento Horto Guarany, já regularizado.
O canavial é de responsabilidade do grupo São Martinho, um dos principais processadores de cana de açúcar do mundo.
As famílias, que não estão ligadas a nenhum movimento sem terra, começaram a montar acampamento na nova área por volta das 5h. Eram cerca de 50 pessoas, segundo a Polícia Militar -as lideranças estimam 82 famílias no local.
Um dos líderes do grupo, Francisco das Chagas Costa, a invasão ocorreu porque a área pertence ao governo federal, por se tratar de área da antiga Fepasa.
Em nota, o grupo São Martinho informa que já obteve uma liminar de reintegração de posse ainda nesta segunda "determinando a imediata desocupação da área de sua propriedade" e que aguardará "o cumprimento espontâneo da decisão judicial".
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou, via assessoria de imprensa, que está acompanhando a situação, dando suporte às famílias, para prevenir conflitos. As famílias foram cadastradas no programa de Reforma Agrária.
Sobre a propriedade da área, o Incra tem realizado estudos e buscado medidas jurídicas para detectar discrepâncias na definição das áreas adjacentes ao Horto Guarany.