Criminosos foram descobertos em fevereiro 2008, após operação da Polícia Federal
O ex-servidor do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Ribeirão Preto, Reginaldo Batista Ribeiro Junior, terá sua estadia na prisão prorrogada.
Neste mês, a Justiça Federal o condenou pela terceira vez por corrupção passiva e estelionato, devido a fraudes praticadas contra o INSS.
Com isso, seu tempo de detenção passou a ser de 66 anos e quatro meses. Ele está preso desde 2008.
Seus comparsas também terão longa estadia atrás das grades: Donizete e Fernando Costa, pai e filho, ficarão cada um 40 anos na prisão.
E a quadrilha gostava de atuar em família: os irmãos Ademir e Wanderley Vicente estão com pena de 23 e 13 anos cada.
Idosas
A quadrilha foi desmantelada em 2008, após operação da Polícia Federal (PF) denominada “24 de janeiro”, em referência ao dia do aposentado.
As investigações tiveram início após o procurador da República Uendel Ugatti ser procurado pelo gerente executivo no INSS de Ribeirão Preto alertando sobre as fraudes. O Ministério Público Federal (MPF) acionou a PF, pedindo inclusive interceptações telefônicas.
A quadrilha atuava aliciando idosas de baixa renda, prometendo benefícios do INSS. Com documentos pessoais delas, Reginaldo Ribeiro Júnior, que trabalhava dentro do INSS, manipulava o sistema para conceder o benefício - que era indevido.
Em troca, a quadrilha recebia seis meses do valor concedido às idosas, que não sabiam da irregularidade.
O MPF estima o rombo de R$ 1 milhão no INSS, com 3 mil benefícios irregulares concedidos. O bando já havia sido condenado duas vezes entre 2008 e 2010 pela Justiça Federal por formação de quadrilha, estelionato e corrupção.
Do Jornal A CIdade RP