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Híbrido a ar custa bem menos que elétrico. Citroën C3 e Peugeot 208 poderão receber a tecnologia no futuro
Carros
Publicado em 23/10/2013

carrohibrido

Quando se fala em veículos híbridos a visão de um motor a combustão associado a um elétrico já está impregnado nas nossas mentes. Pois a PSA (grupo formado pela Peugeot e Citroën) quer mudar este panorama. E de forma bastante audaciosa.

O grupo acaba de mostrar no Brasil a sua mais nova tecnologia. A união entre um propulsor a gasolina a um sistema de ar comprimido. Isso mesmo, uma espécie de seringa carregada com ar comprimido se encarrega de mandar força extra para o eixo dianteiro do veículo.

O resultado é surpreendente. Um consumo de até 34 km/l e uma das menores emissões de poluentes do mundo, apenas 69 gramas de CO² por quilômetro rodado. A empresa estima que seja possível reduzir em até 45% o consumo de combustível em um ciclo urbano em um carro compacto em relação ao seu equivalente à gasolina.

A tecnologia, apesar de revolucionária, é bastante simples. Um sistema hidráulico se encarrega de empurrar o ar para fora do cilindro e fazer as rodas dianteiras girarem. O movimento é repetido freneticamente até a uma velocidade de 70 km/h. Também é possível rodar apenas com ar comprimido, neste caso a distância percorrida é mínima, pouco mais de um quarteirão. O grande ganho está na união com o motor à combustão. Segundo o chefe mundial do projeto Hybrid Air, Karim Mokaddem, é possível adaptar a tecnologia aos motores flex, comuns no Brasil. “Este tipo de sistema pode ser adaptado a qualquer tipo de propulsor, dos motores diesel até os flex”, explica, sem revelar maiores detalhes.

Preço

Segundo Mokaddem, um ganho do Hybrid Air é o preço muito mais competitivo do que os híbridos elétricos. “Na Europa o híbrido a ar é viável para modelos compactos (como o Citroën C3) e médios (caso do C4), não precisa estar presente apenas em veículos de alto valor”, diz. Mokaddem compara ainda o preço do híbrido a ar com o valor dos veículos movidos a diesel, que são um pouco mais caros dos que rodam com gasolina.

Para o presidente da Bosch Latin America, Besaliel Botelho, que é parceiro da PSA no projeto, ainda é cedo para falar em uso da tecnologia por outras marcas, mas Botelho é otimista na proliferação da tecnologia para os próximos anos.

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