Criança esperava a mãe no carro no estacionamento de supermercado.
Velório foi realizado na manhã desta quarta-feira (28), em Bauru.
A mulher que morreu após ser atropelada pelo filho, de 11 anos, vendia pastéis em frente ao estacionamento de um supermercado, onde ocorreu o acidente na noite de terça-feira (27) em Bauru (SP). Segundo uma vizinha do supermercado, Gislaine Flora da Silva Augusto, de 38 anos, trabalhava também em uma empresa de limpeza, mas no fim do dia ficava na barraca para complementar a renda. “Era uma pessoa trabalhadora, honesta. Para ajudar na alimentação das crianças, ela vinha vender os pastéis”, contou Helenice Castilho.
Ainda segundo a vizinha, Gislaine tinha outros dois filhos - uma menina de 15 anos e outro menino que não completou um ano. Helenice disse que o filho de 11 anos de Gislaine sempre a ajudava na barraca e nunca tinha visto ele mexendo no carro. “O menino sempre ajudava a mãe na barraca de pastéis. Onde a mãe estava, ele estava junto. É um menino muito educado. Nunca vi ele mexendo no carro”, afirmou.
De acordo com a polícia, o acidente aconteceu quando a mãe estava fechando a barraca e o menino a aguardava dentro do carro, com a chave no contato. "Quando ela percebeu que o menino deu a partida e trafegava com o carro no estacionamento, ela tentou, pela janela tirar a chave do contato e desligar o veículo. Nesse momento ela foi atropelada pelo próprio carro, que era conduzido pelo filho, e prensada em um outro carro que também estava parado no estacionamento", explica o delegado Mario Henrique de Oliveira Ramos.
Gislaine chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do Pronto-Socorro Central. O velório foi realizado na manhã desta quarta-feira (28) e o enterro na tarde de hoje, ambos no Memorial Bauru. Os familiares estavam muito abalados e não quiseraram comentar o caso.
Segundo a polícia, foi registrado um boletim de ocorrência por homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar, mas o menino não deve ser incriminado. “Por ele ter 11 anos, seria sujeita a medida protetiva, mas neste caso, devido as consequências que a situação teve para a criança, é irrelevante qualquer procedimento, porque por pior que seja a pena, não vai alterar o trauma que esta família está passando agora", destaca o delegado.
G1