Um caso foi confirmado pela Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.
Criadores receberam vacinas para evitar que a doença avance na região.
Criadores de gado e a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo estão em alerta em Tabatinga (SP). O morcego vampiro, que transmite a raiva, está atacando os animais e um caso positivo já foi confirmado. A doença não tem cura e pode contaminar os humanos. Por isso, os técnicos estão fazendo um trabalho de prevenção no município. O último caso de raiva em humanos no estado foi registrado em 1997.
Foi a primeira vez que a raiva em bovinos foi diagnosticada em Tabatinga. Neste ano, 129 casos foram registrados no estado. Em 2013, foram 211. “Além da vacina a gente possui um corpo técnico de veterinários explicando o porque de estar utilizando a vacina. Então, prevenindo de o seu animal estar doente, você também está fazendo a prevenção e saúde da população”, informou o diretor da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Carlos Vagner Aravechia.
As vacinas antirrábicas aos poucos estão sendo distribuídas a pequenos criadores de gado. A prefeitura deve disponibilizar até o fim de julho 1,3 mil doses depois que o Instituto Biológico de São Paulo confirmou a morte de um boi por infecção do vírus da raiva em uma fazenda do município. Mais dois casos aguardam o resultado de exames.
“O melhor remédio é cuidar. Tem que cuidar e fazer certinho o que eles pedem”, alertou o criador Israel Garcia Del Vale. A vacinação dos quase 7 mil animais não é obrigatória, como no caso da febre aftosa. No entanto, os criadores estão fazendo o trabalho preventivo nos rebanhos para minimizar as perdas.
A doença é transmitida pela mordida de morcegos hematófagos, que também são chamados de vampiros. Em pouco tempo, o vírus atinge o sistema nervoso central do animal e causa a morte. “No caso é só a prevenção mesmo através da vacina e, o reforço após 30 dias dos primos vacinados, que seriam os animais que receberam a primeira dose da vacina contra a raiva, que dá uma imunidade para o animal não ficar doente”, informou o veterinário José Luís Martinez.
grande preocupação é a possível contaminação humana pela doença. Ela pode acontecer no contato das pessoas com a saliva de um animal infectado. “Depois que a doença se instala não há mais possibilidade de cura. Só procura-se medicar o paciente, aliviar sintomas, mas a mortalidade é de praticamente 100%”, avisou o infectologista, Marcelo Pesce Gomes da Costa.
Técnicos da Defesa Agropecuária do estado têm feito varreduras por toda área rural do município a procura dos locais onde os morcegos possam estar instalados. Como na região não há abrigos naturais, como grutas e cavernas, por exemplo, a maioria das colônias tem sido encontrada em casas abandonadas no meio de plantações. Em uma delas foram localizados 14 morcegos vampiros.
“A gente acredita que pela pouca quantidade de abrigos naturais e artificiais, que ela vai ser prontamente controlada mediante a vacinação que os produtores estão promovendo. A gente acredita seriamente que vamos manter essa quantidade de focos bem restrita nessa região”, enfatizou o técnico da Defesa Agropecuária, Artur Felício.
G1