O advogado Roberto Fiore, suspeito de tentar entrar com seis celulares escondidos em uma muleta no Fórum de Araraquara (SP), foi absolvido pela Justiça. O caso aconteceu em agosto de 2012 e levou o criminalista à prisão por 30 dias. A sentença foi divulgada na segunda-feira (14), mas só foi disponibilizada no cartório do Fórum nesta quinta-feira (17). A decisão foi proferida em primeira instância, o que ainda não finaliza o processo.
De acordo com o advogado de Fiore, Mário de Oliveira Filho, o suspeito ficou livre das acusações de formação de quadrilha, associação para o tráfico e tráfico de drogas. "Um homem conhecido, um criminalista sério, não seria inocente de entrar no Fórum com celulares. O próprio Ministério Público não sustentou a acusação contra ele”, disse o advogado.
Edson Luiz Silvestrin Filho, que também é advogado de Fiore no processo, disse que o cliente não está aconselhado a falar no momento, já que a decisão ainda é passível de recurso. Mas garantiu que Fiore está com a "alma lavada". "Foi provado que ele nunca fez parte de nenhuma facção criminosa. Ele tem um nome a zelar na cidade e teve a imagem manchada de uma forma até meio irresponsável. Mas agora está super feliz", destacou.
Filho ainda lembrou que Fiore chegou a ficar 30 dias preso e passou por maus momentos. "Foi ameaçado dentro da cadeia (Penitenciária de Araraquara), e chegou a ser transferido para uma unidade em São Paulo", contou.
Entenda o caso
O advogado foi acusado de tentar levar seis celulares dentro de uma muleta de madeira para um preso que prestaria depoimento no Fórum.
Na ocasião, policiais militares desconfiaram do objeto e na vistoria encontraram os aparelhos junto com os carregadores. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) já investigava uma suspeita de que havia facilitação para entrada de celulares dentro de presídios.
Fiore foi preso em 30 de agosto de 2012, três dias depois do episódio no Fórum. Em 28 de setembro, foi transferido para o 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, em São Paulo. Por conta do processo, ele também foi suspenso por 45 dias pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Araraquara.
G1