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Empresário de Sorocaba doa prótese para menino atacado por tigre no PR
Notícias Região
Publicado em 09/09/2014

Um empresário de Sorocaba (SP) doou uma prótese para menino Vrajamany Rocha, de 11 anos, que teve o braço direito amputado depois de sido atacado por um tigre no zoológico de Cascavel, no Paraná, em 30 de julho, quando fazia uma visita ao pai dele, Marcos do Carlo Rocha. O caso, que teve repercussão nacional, comoveu Nelson Nolé, que tem uma empresa especializada em próteses ortopédicas há quase 47 anos na cidade. De acordo com protético, valor da prótese varia de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
Ainda conforme as observações de Nolé, em entrevista ao G1, Vrajamany sofreu uma amputação total do braço, o que não permite que uma prótese biônica seja possível. “O braço inteiro desarticulou. Se tivesse sobrado alguma parte seria possível fazer uma prótese ativada pelo comando cerebral. Mas infelizmente, esse não é o caso. A prótese tem fins apenas estéticos”, explica, após visita do garoto a Sorocaba, na semana passada.
 
O empresário é o mesmo que forneceu uma prótese para o limpador de vidros David Santos de Souza, de 21 anos, que teve o braço direito amputado depois de ser atropelado na Avenida Paulista, em março do ano passado.  Nelson conta que 30% do que produz é doado. “Nós escolhemos pessoas que não têm condições de pagar pelas próteses”, completa.
A prótese sugerida para Vrajamany será feita de fibra de carbono com luvas de silicone. O cotovelo será mecânico, mas movido apenas como pêndulo, sem influência nos movimentos do menino. “Esta prótese é necessária para fazer o balanceamento do corpo, que ficou assimétrico após a amputação do braço. Ela tem como objetivo evitar problemas de coluna, não deixar que o ombro dele fique mais alto pela falta do braço e, por fim, ajudar no equilíbrio do corpo. A nossa intenção é fornecer a peça, que deve ser trocada todo ano, até que ele complete 18 anos”, afirma Nolé.
 
Dores fantasmas
Segundo a mãe dele, Mônica Fernandes Santos, de 37 anos, o garoto sofre com a chamada "dor fantasma", uma espécie de efeito colateral psicológico decorrente da amputação do braço direito, mas está recebendo apoio da família e de amigos de escola para superar o trauma.
Segundo ela, pouco depois da amputação, o filho não sofria tanto com essas dores, que pioraram muito depois que ele voltou para São Paulo. "As dores aumentaram tanto que se tornaram insuportáveis. Então, eu decidi agarrá-lo por trás e pedi que ele massageasse o meu braço nos pontos onde ele estava sentindo estas 'dores'. Isso ajudou a aliviar", disse.
 
G1
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