Os vereadores de Marília (SP) votaram a favor na noite de segunda-feira (15) a proposta que obriga condomínios, prédios públicos, indústrias, comércio e imóveis com mais de 750 metros quadrados a reaproveitar a água da chuva. A cidade enfrenta problema no abastecimento há anos.

 

Se aprovada a lei, os locais terão que instalar reservatórios. O autor do projeto, Luiz Eduardo Nardi, diz que a lei vale para as novas construções. Já os imóveis prontos terão 10 anos para se adequar. “O projeto contempla para usar para limpeza, para jardins. O uso vai ser especificado através de decreto. Colocamos no projeto também que todas as torneiras terão uma placa escriva ‘não potável’, que é justamente para que seja utilizada de maneira adequada para lavagem de roupa e outras coisas. Menos para água potável”.

 

O secretário do Meio Ambiente, Leonardo Mascarin, avisa que além da economia de água, a cisterna ainda diminui impactos ambientais. “Ela vai auxiliar o meio ambiente, no consumo de água e os impactos que possam gerar essa água pluvial sendo lançada naturalmente no meio ambiente”.

 

Na cidade, o rio do Peixe, responsável por abastecer mais de 50% da cidade opera com apenas 30% da capacidade. Já na represa Cascata, o nível de água baixou de seis para um metro, e a captação continua suspensa.

O projeto ainda pode receber emendas e passará pelas comissões internas, mas deve voltar ao plenário para ser aprovado em votação definitiva.

 

Exemplo

A água da chuva ajuda a regar as flores de um orquidário. O dono do local decidiu construir a cisterna há três anos. A água da chuva que cai na calha vai direto para o cano de captação e depois é transferida para uma caixa de cinco mil litros. Uma mangueira é usada para regar as plantas e a água também pode ser usada na limpeza do orquidário.

“A água da chuva é a melhor para molhar as plantas ornamentais e as orquídeas. E a água da torneira tem um custo e a da chuva é de graça”, conta Carlos Pelissari.

 

G1