A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar supostas agressões cometidas por uma professora a alunos na Escola Municipal Luiza Parassu Borges, em Barretos (SP). Segundo denúncia apresentada pelo Conselho Tutelar, a docente teria empurrado carteiras contra estudantes e feito ameaças durante uma aula no dia 11 deste mês. A Secretaria Municipal de Educação informou ter aberto uma sindicância e ter afastado a professora preventivamente.
A denúncia apresentada pelos alunos é de que a professora se irritou com as crianças durante um ditado, porque estas não estariam acompanhando a atividade. Ela ainda teria xingado alguns e ainda ameaçado mantê-los presos se estes contassem para os pais sobre o ocorrido, segundo o conselheiro tutelar Anderson Roberto de Jesus.
“Fomos procurados por algumas mães, juntamente com essas crianças, que passaram todos esses fatos, esses xingamentos, e informações de que ela teria jogado materiais e carteiras nas crianças, vindo a machucar algumas delas. Isso tudo causou uma estranheza muito grande por tudo ter acontecido dentro de uma escola e ninguém ter entrado naquele momento para ajudar as crianças”, disse.
Segundo a direção da escola, a professora nunca tinha apresentado problemas.
Delegacia de Defesa da Mulher
De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Gláucia Simões, todas as partes envolvidas no episódio foram notificadas e serão ouvidas formalmente. Segundo ela, a professora já compareceu à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para dar a sua versão, em confronto à apresentada por pais de três crianças.
“A professora nos procurou no dia seguinte e relatou que não foi isso que aconteceu, mas que, em função do problema de comportamento que teria dentro da sala de aula, dois alunos teriam sido colocados para fora, com o comparecimento do coordenador da escola, e desde então ela passou a receber ameaças por telefone por uma pessoa que se identificava com sendo mãe de um dos alunos”, contou a delegada.
Secretaria de Educação
O secretário municipal de Educação Aparecido Cipriano disse que, no mesmo dia do ocorrido, recebeu um comunicado do colégio sobre o fato e que, desde então, o caso tem sido apurado também pela administração municipal. "Pedimos a abertura do processo administrativo para averiguar os fatos, dando o direito de ampla defesa para o profissional e de denúncia para as pessoas que foram as vítimas", disse.
Segundo ele, a direção da escola informou uma versão diferente da apresentada pelo Conselho Tutelar. Nela, a professora apenas balançou uma carteira e que um material escolar caiu no chão enquanto ela tentava coibir o mau comportamento das crianças na sala. "O que nos foi passado pela direção da escola é que as crianças não estariam se comportando, jogando a carteira de lá para cá, e ela [professora] teria balançado uma carteira, demonstrado a eles que isso não deveria ser feito, e que o material caiu no chão, mas sem ter acertado ninguém. Essa é a versão da professora", afirmou.
Cipriano confirmou ainda que a docente foi afastada preventivamente.
G1