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Imagens áreas mostram os efeitos da estiagem no Rio Tietê
Notícias Região
Publicado em 23/09/2014

Moradores de Barra Bonita comemoraram nesta segunda-feira (22), o Dia do Rio Tietê. E a grande preocupação de todos continua sendo a poluição das águas do rio que um dos mais importantes do interior paulista. Hoje, mais de cinquenta mil alevinos de pacu-guaçu foram soltos no rio. Crianças e adolescentes que participam de projetos sociais também deixaram uma mensagem na cápsula do tempo, uma caixa que guarda mensagens para serem lidas futuramente.
 
Os participantes responderam a uma pergunta: Como você imagina o Rio Tietê nos próximos 50 anos? A estudante Maísa Silva aprovou a iniciativa. "Se a gente não cuidar, vai faltar de qualquer maneira, porque a água não é para sempre. E a gente vai precisar beber um dia essa água. Se a gente não cuidar, como que a gente vai beber?"

Mas este ano, além do risco da poluição, o rio enfrenta mais um problema - a falta de chuva. Os estragos da seca foram mostrados em imagens áreas feitas na nascente do rio, na Serra do Mar. Sem chuvas, só poças de água aparecem no caminho que antes corria o rio. Bancos de areia se formaram no meio do rio.
As imagens foram gravadas pelo piloto aventureiro Lu Marini. Ele está numa expedição no Rio Tietê. "Lá de cima eu estou vendo coisas que eu não gostaria de ver. Descaso ambiental, devastação, animais mortos. E eu sempre tive vontade de usar o esporte para conscientizar as pessoas em relação ao meio-ambiente."
 
A devastação vista de cima é a mesma que compromete a economia no Centro-Oeste Paulista. A seca também deixou o Rio Tietê vazio de grandes comboios. A navegação só é permitida a navios de turismo ou pequenas embarcações. A Hidrovia Tietê-Paraná continua interditada. Sem chuva, o leito do rio baixou mais de 5 metros em alguns trechos.

O transporte de grãos e celulose vindos dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul está suspenso.  “A solução é chover. Hoje não temos uma solução definida que não seja uma chuva para poder elevar o nível dos reservatórios", afirma o comandante Márcio Costa Lima.
 
É a mesma prece dos pescadores da região. Com menos água e mais poluição, acabou a fartura. "Há 15 anos atrás, para não trabalhar muito, a gente pegava, em média, 250 quilos de peixe. Então hoje, caiu bem. O pescador está pegando em torno de 20 quilos de peixe por dia", conta Edvando Soares de Araújo, presidente Colônia de pescadores de Barra Bonita
 
Embora não haja motivos para comemorar, os moradores de Barra Bonita homenageiam o Rio Tietê todos os anos. Tentam, por meio da cultura, chamar a atenção para a necessidade de preservar as águas do Tietê.
 
G1
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