A prefeitura de Ourinhos estima em R$ 30 milhões os prejuízos causados pela tempestade que atingiu a cidade na quinta-feira (25). Quatro dias depois da chuva, o cenário ainda é de destruição na cidade. Equipes trabalham na limpeza das ruas e galerias nesta segunda-feira (29). E no Rio Paranapanema e no córrego Monjolinho seguem as buscas por uma mulher que foi carregada pela enxurrada.
Na Avenida Luís Saldanha Rodrigues, um dos pontos mais afetados pela tempestade, ainda há arvores caídas no canteiro central, mas os estragos estão por toda a cidade. O município não vai ter como arcar com todos os gastos da reconstrução. Segundo o chefe da defesa civil Jose Luís Cuenca, um relatório dos estragos ainda será concluído nessa semana para pedir auxílio financeiro para o Estado e para a União. “A gente estima preliminarmente um valor de mais de R$ 30 milhões de prejuízo na cidade toda. O município não tem recursos para suprir esse desastre.”
Ainda há muito trabalho para ser feito os reparos devem durar de 3 a 4 meses. “Hoje nós já temos feito um volume de piçarra para fazer aterramento desses pontos e depois a reconstituição. Na segunda etapa vamos entrar com o pessoal para fazer limpeza de galerias, que aparentemente estão boas, mas as caixas devem estar com pedras que devem ser retiradas para que nas próximas chuvas, essa água flua normalmente”, afirma o secretario de obras de Ourinhos José Roberto Barros de Carvalho.
Buscas
A bordo de um bote e de um barco, duas equipes dos bombeiros e da defesa civil passaram o domingo percorrendo o Rio Paranapanema em busca da dona de casa Cleonice Silva Santos, de 45 anos. "A dificuldade é grande porque o rio é bem extenso, até Salto Grande são aproximadamente 12km. O rio está cheio e a gente vai fazer as buscas as margens do rio e também submersas", afirma o coordenador da defesa civil Sandro Aparecido Scharf.
A forte tromba d'agua durante a chuva que levou parte da casa e arrastou também acumulou entulho às margens do rio. Segundo o coordenador da defesa civil Harald Scharf, isso torna as busca ainda mais difícil. "A área é bem difícil, tem muito mato, muito tronco, tem galhadas, então ficou muito complicado".
Outra equipe do Corpo de Bombeiros percorreu pela 3ª vez o Córrego Monjolinho, que começa próximo da casa da vítima e desemboca no Rio Paranapanema, onde tem ainda mais entulho. O sargento Eliseu Elias dos Santos, responsável por essa etapa das buscas, diz que foi preciso usar uma máquina retroescadeira para tirar parte da sujeira.
"Ela já tirou uma parte desse entulho e já fez o trabalho dela. Por se uma máquina pequena ela não pode ajudar mais, então nós necessitamos de um outra máquina maior e talvez uma esteira. Nós estamos voltado nessa área aqui porque segundo informações, o cachorro do canil da polícia ficou mais localizado nessa área.”
As buscas pela vítima no Rio Paranapanema e no Córrego Monjolinho continuam pelo menos até que todo o entulho seja retirado.
G1