Uma operação realizada pela Polícia Civil de Mococa (SP) prendeu três suspeitos de vender anabolizantes proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre a noite de quarta (1º) e quinta-feira (2). Segundo o delegado Wanderley Fernandes Martins Junior, foram apreendidos dezenas produtos trazidos do Paraguai, alguns injetáveis e para uso veterinário. Além disso, foram apreendidas 1,1 mil cápsulas ilegais e outros produtos sem nota fiscal e selo da Anvisa. O total de produtos apreendidos ainda não foi divulgado.
Ainda de acordo com o delegado, os produtos eram fornecidos ilegalmente por um representante comercial. Entre eles estão anabolizantes 'M-Drol', muito utilizado por pessoas que querem ganhar peso, e o 'DHEA', que é um hormônio produzido na glândula supra-renal, vendido em formato de comprimido ou cápsula.
"Por meio de investigações, conseguimos realizar a prisão em flagrante do distribuidor. O rapaz de 24 anos é de Jaú e vinha abastecer o município e a região. Nós fizemos a abordagem em um hotel, no Centro da cidade, onde o suspeito estava com um veículo carregado de anabolizantes, sendo a maioria dos produtos importados ilegais", relatou.
Na manhã desta quinta (2), dois homens também foram presos. "Um suspeito é comerciante e fazia venda de suplementos ilegais, em uma loja, no Centro da cidade. Com ele havia diversos produtos, inclusive anabolizantes injetáveis. O outro homem, que é cartorário, foi detido em uma casa, na Vila Santa Rosa, onde tivemos informações de que o local também era usado para venda de produtos ilegais", ressaltou.
Na loja foram encontradas ampolas, agulhas, seringas, além de uma caderneta com anotações e uma nota fiscal que indicava a venda do produto conhecido como Deca, um tipo de anabolizante que só pode ser vendido em farmácias com receita médica, que fica retida. No lixo havia material que era uso e descartado. Na casa do terceiro suspeito, foram apreendidas substâncias usadas em animais.
Depois de periciado, todo material será destruído. Os envolvidos podem responder por venda ilegal de anabolizantes, crime considerado hediondo e cuja pena prevista é de 10 a 15 anos de prisão. Os três foram levados para a Cadeia de Casa Branca. A Polícia Civil vai continuar as investigações e espera encontrar mais comerciantes que vendam o material ilegal.
G1